quinta-feira, agosto 13, 2015

Os vinhos de Francis Ford Coppola são a cara do pai...


Interessante quando imaginamos um vinho sabendo primeiro quem é o idealizador.
Claro que Francis Ford Coppola não é o enólogo, não vive entre barricas e assemblages, mas ele é o dono. O Poderoso Chefão.
Dirigir é com ele mesmo.
Portanto, vinhos poderosos, vinhos que te mandam diretamente para onde querem, sem intermediários.


Quem apresentou os vinhos foi a Emily Putman, que roda o mundo divulgando a marca, que cá entre nós, nem precisa de muita divulgação.
Os vinhos são bons e o chefão é pra lá de conhecido.
Uma coisa deve ficar clara, Francis não entrou no vinho por acaso.
Seu avô Agostino, fazia vinhos nos porões de seu apartamento em Nova Iorque, em tanques de
concreto.
Francis preferiu Sonoma.




O Chardonnay Rosso & Bianco 2012 preferiu o frescor do que os aromas de madeira que os americanos muitas vezes injustamente ganharam fama de admiradores do "chá de carvalho".
No nariz tem boa intensidade aromática (média).
Notas de maçã, abacaxi e algo cítrico como casca de laranja.
Na boca tem corpo médio, acidez média+, sensação alcoólica média (tem 13,5% de álcool), e boa intensidade de sabor (média+).
Vinho equilibrado e fresco, com boa persistência (média+).
Nota: 88/100
Preço:142,00 Reais
Relação preço/qualidade: 2,5/5
Importador: www.ravin.com.br 



O tinto Rosso & Bianco Shiraz 2012 é um corte de Syrah (76%), Petite Syrah (16%), Zinfandel (5%) e Viognier (3%).
No nariz é limpo, tem muito boa intensidade aromática (média+).
Notas de cereja, amora, alcaçuz, cravo e floral.
na boca tem corpo médio +, taninos com textura aveludada (médio), muito boa intensidade aromática (média+) e sensação alcoólica média (tem 13,5%).
Notas de frutas vermelhas e negras, café, chocolate...
Persistência média+.
Nota: 90/100
Preço: 142,00 Reais
Relação preço/qualidade 3,5/5
Importador: www.ravin.com.brwww.ravin.com.br



O Diamond Collection Cabernet Sauvignon 2012 é um super vinho.
Passou 11 meses em barricas de carvalho francês e americano.
No nariz já se mostra elegante e intenso (intensidade aromática média+).
Notas de frutas vermelhas e negras, especiarias, chocolate, coco, mineral...
Na boca tem corpo (médio+), estrutura, taninos com textura aveludada (médio+), elegância, acidez (médio+), sensação alcoólica média (tem 13,5%) e boa persistência (média+).
Tem boa intensidade de sabor (média+).
Além da repetição das notas sentidas no nariz, aparece um toque de marzipan que é maravilhoso.
Nota: 93/100
Preço: 238,00 Reais
Relação preço/qualidade 3/5
Importador: www.ravin.com.br



Pelo mesmo preço e mais interessante ainda, provei o Diamond Collection Red Blend 2010.
27% Zinfandel, 26% syrah, 20% Petite Syrah, 15% Cabernet Sauvignon e 12% Merlot.
Passou 1 ano em barricas de carvalho francês.
No nariz tem muito boa intensidade aromática (média+).
É limpo.
Notas de cereja, amora, mirtilo, cacau, torrefacão.
Na boca é potente, encorpado, taninos macios (médio+), acidez média, final longo, sensação alcoólica média (tem 13,5%), elegante e equilibrado.
Notas de chocolate no final.
Um dos grandes vinhos americanos.
Nota:94/100
Preço: 238,00 Reais
Relação preço/qualidade: 4/5
Importador: www.ravin.com.br



Terminamos com um dos ícones, Director's Cut Dry Creek Valley Zinfandel 2011.
Nariz limpo, com sensação adocicada e boa intensidade aromática (média+).
Notas de cravo, amora, chocolate...
Passou 13 meses em barricas de carvalho francês.
Na boca é encorpado, os taninos sempre macios e com textura aveludada (médio+), acidez média+, sensação alcoólica média+ (tem 14,5%), intensidade de sabor médio+.
Notas de frutas negras, chocolate, café, floral.
Final longo.
Nota: 93/100
Preço: 308,00
Relação preço/qualidade: 3/5
Importador: www.ravin.com.br

Malena acertava tudo. Conto



Malena tinha um humor fora do normal.
Não precisava motivos para rir, não precisava motivos para fazer brincadeiras e deixar qualquer um de cabelo em pé.
Levava a vida de uma forma leve, sem sustos, sem solavancos, sem barulho e nem silencio.
Silenciosa era a colheitadeira que pegou emprestada para testar e fazer propaganda entre os vizinhos.
Silenciosa, eficiente, rápida...
A estratégia de marketing que ela escolheu para ajudar o namorado a vender a máquina era um pouco, digamos... Diferente.
Enquanto todos colhiam as brancas, na encantadora e inigualável Côte de Beaune, Malena ficou quieta, sem mexer em uma uva.
Todos achavam estranho que aquela francêsa, filha de espanhóis deixasse as uvas no pé quando as sementes já estavam crocantes e as polpas doces como mel.
O que ninguém esperava é que no dia seguinte do fim da colheita, os pés dos vinhedos de Malena estivessem mais vazios que os dos vizinhos.
-Como pode isso?
-Quem mexeu nessas uvas???
-Mistério...
Malena desapareceu para que o mistério ganhasse proporções estratosféricas (em termos de Borgonha).
Até a tv francesa havia ligado para saber o que tinha acontecido.
Ovnis???
Ets disfarçados de camponeses???
Mas como ninguém viu nada???
Malena poderia ser menos paciente, mas esperou por uma semana até dar o ar da graça.
Teve ainda a inteligência de fazer a ação durante a colheita das brancas, esperando que o sucesso viesse na hora da colheita das tintas.
Apareceu e a casa onde morava ficou cercada por curiosos, fotógrafos, cinegrafistas... Tudo.
Todo tipo de desocupado e até ocupados distraídos foram para lá.
Os pés estavam mais pelados que madrinha de bateria de escola de samba.
Malena apareceu para uma verdadeira coletiva para pouca imprensa, mas muitos curiosos.
Bonita como sempre.
Olhos negros, cabelos negros, alta, corpo escultural e um sorriso que só quem viu pode saber. Impossível descrever.
-Não entendi porque tanta agitação. Foi tão simples colher essas uvas...
Tão rápido, tão silencioso, tão fácil.
Os ares holywoodianos estavam programados para agora.
Atrás de Malena a cortina tinha que abrir e a tal máquina aparecer...
Mas...
Malena pensava em tudo, mas não tinha controle sobre o que não participava.
Michel era o responsável pela engenhoca, que viria seguida de uma queima de fogos e chuva de papel picado.
A cortina caiu...
Os fogos por sorte não explodiram e o papel picado caiu todo no mesmo lugar, como se fosse uma bomba jogada bem em cima da colheitadeira, que já estava ligada e soltando fumaça.
Michel acelerou e a colheitadeira saiu quase atropelando todo mundo.
Nenhum barulho, mas muita confusão.
Michel são sabia dirigir, mas cismou de andar com a colheitadeira.
Passou por cima dos vinhedos, desceu ladeira abaixo até capotar de forma grotesca e felizmente sem nenhum arranhão.
Malena gostava de Michel assim mesmo.
Desajeitado e ineficiente.
As pessoas queriam saber da colheitadeira mas viram um espetáculo de pastelão.
Até que Malena levantou com calma e formosura, andou entre os vinhedos, falou do funcionamento da máquina, mostrou como as uvas saíam dos pés, mostrou como era barato, rapido e eficiente o trabalho mecânico.
Michel ainda limpava a roupa, tirava galhos da testa (sem trocadilho) e reclamava da ladeira.
Os pedidos foram imediatos.
O acidente parecia parte do show.
Com Malena até o errado dava certo...


Onde já se viu fazer vinho bom com a uva Isabel?!

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