quarta-feira, novembro 23, 2016

Marcelo Retamal em projeto autoral.



O Marcelo Retamal é enólogo da De Martino e faz vinhos maravilhosos, e pelo menos aparentemente, com total apoio dos donos da vinícola.
Mas a foto acima, num lagar, pisando uvas, mostra que a cada dia, grandes enólogos buscam o vinho ideal voltando no tempo, encontrando soluções que a viticultura e enologia moderana deixaram pra trás.



A paisagem do lugar é impressionante, fica no Valle de Elqui.
O vale é conhecido por ter o céu mais claro do hemisfério sul, por isso é um lugar cheio de observatórios astronômicos. Apesar de pouco conhecido pelos brasileiros, é um dos lugares mais visitados do Chile, principalmente por europeus.
É considerado um polo energético, com registros de aparições de discos voadores e coisas parecidas, nunca identificadas.
Fica no extremo sul do deserto de atacama, a norte de Santiago.
É nesse clima que está a bodega e os viñedos de Alcahuaz.



Na degustação dos vinhos, na Enoteca Decanter, em São Paulo, ganhamos um pedaço de pedra de quartzo e uma explicação sobre o nome dos rótulos que levam um pouco desse clima místico par a garrafa.
Os vinhos tínham uma chance muito pequena de não serem bons.
O Marcelo Retamal é um cara inquieto, que sempre busca vinhos de qualidade e diferentes dentro da medida do possível.
Ela não usa nenhum químico nos vinhedos, as uvas são pisadas em lagares, não usa leveduras que não sejam das próprias uvas, não adiciona ácido tartárico para dar acidez ao vinho e não gosta de barrica.
Para ele (e eu gosto disso) o vinho tem que ter o gosto do terroir.
Os vinhos priorizam a fruta.
Ganham uma boa acidez pela altitude dos vinhedos, que estão plantados em altitudes que variam de cerca de 1700 a cerca de 2200 metros acima do nível do mar.
São frescos, equilibrados, taninos com textura muito macia, sem madeira.
O vinho mais caro, o RHU, é o único que passa por tonéis de madeira de 2500 litros (para não marcar o vinho). É um vinho mais complexo, com a mesma elegância dos taninos e acidez vibrante.
Na entrevista com o Marcelo, mostro os rótulos.
Assista:


Nos vinhedos de Sauternes, Barsac e Sauvignon Blanc do Doisy Daëne, com o Jean-Jacques Dubourdieu






Ainda nos vinhedos de Bordeaux, o Jean-Jacques Dubourdieu me levou ao Doisy Daëne, propriedade que está com a família desde 1924.
Doisy Daëne produz Sauternes, Barsac e Sauvignon Blanc.


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Carta aberta da Vinícola Aurora à sociedade brasileira   No início do século passado, algumas famílias italianas cruzaram o Atlântico à pr...