segunda-feira, maio 26, 2014

A argentina Norton também aposta em vinhos de Terroir. Conheci os vinhos das Fincas de Agrelo, La Colonia e Lulunta



A Norton tem o Brasil como um dos principais importadores. Norton DOC por exemplo, é um campeão de vendas por aqui.
A Norton, que pertence ao grupo dos Cristais Swarovsky, poderia simplesmente se concentrar nas vendas em inventar nenhuma novidade.
Mas quem conhece os enólogos apaixonados sabe que isso normalmente não acontece.
Jorge Riccitelli quer qualidade, por isso lançou single vineyards de diferentes micro regiões de Mendoza.
Veja o que ele me contou:




Provei os 3 vinhos de Finca.
O Lote Malbec Finca Agrelo 2009 tem boa intensidade aromática no nariz.
Notas de frutas negras, mineral, violeta...
Na boca é intenso, encorpado, taninos finos, boa textura.
Longo.
Nota: 91/100

O Lote Malbec Finca La Colonia 2009 é mais intenso no nariz.
Notas de baunilha, café, amora, cereja.
Na boca é potente, taninos finos, boa textura (aveludada), boa acidez e equilíbrio.
Longo.
Nota: 91/100

O Lote Malbec Finca Lulunta 2009 foi o que mais gostei.
No nariz a intensidade é média, mas tem um pouco mais de complexidade.
Notas de violeta, amora, cereja, chocolate...
Na boca é intenso, encorpado, mas amável.
Textura macia, elegante.
Final longo com notas de café.
Nota: 92/100



Os 3 vinhos são vendidos em uma caixa mista para que o consumidor conheça as diferenças do terroir.
Importado pela www.winebrands.com.br

A Quinta Nova apresentou as novas safras com novo importador



A Magnum importadora apresentou os vinhos da Quinta Nova já como representante exclusivo da marca no Brasil.
Provamos 6 vinhos.
Este, de rótulo maravilhoso, é o Mirabilis Grande Reserva Branco 2011.


No nariz é limpo, média intensidade aromática.
Notas de frutas brancas, manteiga e leve madeira.
Na boca é seco, acidez alta, corpo médio e sabor intenso.
As notas do nariz se repetem na boca acrescentando notas minerais e uma untuosidade maravilhosa.
Vinho cremoso.
Final médio.
Nota: 90/100


As lascas de bacalhau ficaram ainda melhores com ele e também com o Pomares Branco 2012.


Vinho mais simples que o anterior.
Discreto no nariz, com notas mineirais e de frutas cítricas.
Na boca seco, é fresco, bem equilibrado e tem um final médio.
Nota: 88/100


Para acompanhar os tintos começamos com uma alheira preparada de um jeito especial pelo chef Rodrigo Martins, do restaurante Vino! em São Paulo.


O Quinta Nova Colheita 2011 é o tinto de entrada.
No nariz intensidade média, limpo.
Notas florais, ervas aromáticas, frutas vermelhas e negras.
Na boca é seco, tem boa textura, taninos finos, muita frutas (o vinho não passou por estágio em barrica), frescor e um final médio e elegante.
Preço: 75 Reais
Nota: 89/100


O Chef continuou mandando bem e partimos para o Quinta Nova Reserva 2011.


Logo de cara já se sente mais intensidade aromática. Antes mesmo de mexer a taça.
Depois vieram as notas de violeta, cravo, baunilha, amora, cedro...
Na boca é seco, muito mais complexo, encorpado, taninos finos, boa acidez (média/alta), algumas notas de chocolate e final longo.
Vinho elegante e complexo.
Preço: 155 Reais
Nota: 91/100


O Quinta Nova Reserva 2011 é o que se podia esperar.
No nariz é intenso, limpo.
Notas de violeta, amora, cereja, pimenta, chocolate, coco.
Passou 17 meses por barrica francesa.
Na boca é seco, tem taninos finos, textura granulada, boa acidez e equilíbrio.
Final longo.
Preço: 360 Reais.
Nota: 93/100


A surpresa maior veio com o Grande Reserva Mirabilis Tinto 2011.
Um vinho que a Quinta descreve como um tinto sem a estrela Touriga Nacional.
É um vinho elegante, com boa intensidade aromática e corpo.
Elaborado com Tinta Amarela, Tinto Cão, e Touriga Franca.
Um grande tinto com textura macia, equilíbrio e elegância.
Nota: 93/100


Como diria Jorge Ben (me recuso a dizer Benjor), o Porto veio "para animar a festa...".
O Clã Special Reserve, tem uma garrafa moderna, diferente, transparente.
A Luísa Amorin, que apresentou os vinhos, explicou que com a garrafa transparente sabemos exatamente o nível de vinho que resta na garrafa.
Como podem ver, não resta nada na garrafa da foto.
É um vinho com as características de um LBV.
Cor vermelha profunda, com reflexos violeta.
Boa intensidade aromática.
Notas de frutas vermelhas, floral e canela.
Final longo.
Ainda muito jovem.
Preço: 115 Reais.
Nota: 91/100
Importadora: www.magnumimportadora.com
Conversei com a Luísa Amorin sobre essa nova fase e sobre os preços dos vinhos do Douro, que muita gente imagina que sejam caros, mas não imagina o trabalho que a viticultura na região exige.
Veja a entrevista:

Gráfico elaborado pela Vinexpo mostra o Brasil entre os maiores consumidores de tintos em 2017


Carta Aberta da Vinícola Aurora

Carta aberta da Vinícola Aurora à sociedade brasileira   No início do século passado, algumas famílias italianas cruzaram o Atlântico à pr...