sábado, março 02, 2013

Corine deixou Gilbert 3 vezes. Por enquanto...

3 vezes gilbert pediu para Corine ficar.
3 vezes importantes, não foram apenas 3 vezes.
Pediu com direito a insistencia e doses de humilhação, desespero e até loucura.
A loucura é relativa e muitas vezes quando mais nos julgamos certos estamos nas loucuras mais fascinantes da vida.
Nos vinhedos Gilbert era decidido, autoritário e cheio de razão.
Na vida, principalmente com as mulheres era frágil, sentimental, apaixonado.
Não que não fosse apaixonado pelos vinhedos, mas tinha tanta segurança e conhecia tanto o trabalho  comercial que levava aquilo com uma facilidade incrível.
Com Corine era um desastre.
Ela fazia dele gato e sapato.
Foi embora a primeira vez até com razão, pois Gilbert cometeu alguns deslizes.
Na segunda vez foi completamente sem motivos, foi apenas para ferir Gilbert.
Ele chegou a tomar umas doses de vinho a mais e fez uma viagem de avião onde não lembra como entrou e nem como saiu da aeronave.
Teletransporte puro!
Tudo voltou ao normal com Corine voltando como se tudo estivesse começando de novo, com direito a paixão e sempre muita emoção.
Tudo estava tão bem que os dois viajavam e aproveitavam a vida fazendo planos e vivendo cada minuto.
Isso durou alguns meses até que mais uma vez Corine falou: Deu... Pra mim deu...
Diante de tanta decisão, de tanta atitude, Gilbert ficou paralizado.
Aceitou pela terceira vez da mesma forma como não aceitou as outras duas.
Se controlou bem na despedida.
Passou meses tentando engolir aquilo.
Os vinhos ficaram largados, mas por sorte era inverno.
Os que estavam nas barricas descansavam, afinavam...
Os vinhedos descansavam sob a neve e nem sentiam falta de Gilbert.
Ele passava os dias pensando em Corine e chorando com pensamentos.
Corine por um tempo falou com ele, depois sumiu...
Os vinhedos já não conseguiam viver sem ele, e o autoritarismo e o savoir faire voltavam por algumas horas, e íam embora cada vez que ficava sozinho e lembrava de Corine.
Engarrafou os vinhos das barricas, colheu, vinificou as uvas que estavam no pé e desapareceu.
Michele, que trabalhava com Gilbert, prometeu cuidar de tudo como se fosse dela.
Corine nem se importou em saber se ele ainda existia.
Na região Gilbert era esperado a cada semana, mesmo que todos soubessem que ele não chegaria para a confraria semanal com os amigos.
Um ano depois já não havia confraria, os vinhedos estavam rebeldes como se faltasse comando.
Corine estava um ano mais velha e mais ou menos dez anos mais triste.
Gilbert 100 anos mais triste e 10 quilos mais magro.
Voltou como se continuasse longe.
Cuidou dos vinhedos de forma automática.
Vinificou, engarrafou e vendeu.
Michele foi embora por causa de um amor.
Corine voltou a mandar notícias, Gilbert voltou a se humilhar, e Corine acabou voltando.
Talvez Corine vá embora dentro de poucos meses, mas se os dois voltarem a viver por um tempo, já vai valer a pena.


Tudo sobre as regiões francesas - Valée de la Loire - Parte 12 - Saumur Puy-Notre-Dame



AOC  criada apenas em 2008, fica localizada ao sul do rio Loire, a AOC engloba 17 comunas (Brézé, Brossay, Cizay la Madeleine, Distré, Doué la Fontaine, Epieds, Le Puy Notre Dame, Les Ulmes, Le Vauldenay, Les Verchers sur Layon, Meigné, Montreuil Bellay, Berrie, Les Trois Moutiers, Pouançay, Saix et Saint Léger de Monbrillais) todas elas podem produzir o Saumur-Puy-Notre-Dame, desde que siga as orientações da AOC.
Todos os vinhos devem ter no mínimo 85% de Cabernet Franc e o restante de Cabernet Sauvignon.
O rendimento deve ser de 50 hectolitros por hectare.
Os solos são de giz, calcário jurrássico e eoceno com pequenas pedras.
O clima é oceânico temperado, com as colinas recebendo vendo do Oeste e as parcelas mais distantes do rio recebem uma incluencia continental.

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Carta aberta da Vinícola Aurora à sociedade brasileira   No início do século passado, algumas famílias italianas cruzaram o Atlântico à pr...