Já conhecia os vinhos do Domaine Jean Bousquet.
Eles foram uma das atrações do Encontro de Vinhos Off.
Conheço
também a região que fez o francês Jean Bousquet largar a vinícola no
Languedoc, para elaborar seus vinhos do outro lado do mundo, aos pés do
vulcão Tupungato, na sub-região de Valle de Uco, que é conhecida como a
menina dos olhos de Mendoza.
Aos pés da cordilheira, a altitude provoca a amplitude térmica ideal para a produção de grandes
Vinhos.
Hoje
o Domaine Jean Bousquet é o maior produtor de vinhos orgânicos da
argentina e um dos maiores do mundo. Coincidência ou não, o Languedoc,
onde nasceu Jean, precisamente em Carcassonne, é o maior produtor de
vinhos orgânicos do mundo. Assim são os vinhos de Jean Bousquet. Uma
mistura constante entre França e Argentina. Já escrevi aqui sobre o
Pinot Noir elaborado por ele. Um Pinot noir típico, bem ao estilo
francês. A foto ao lado é do Grand Malbec, um vinho excelente com um
preço 90 reais. Confesso que provei vinhos inferiores pelo dobro do
preço. O vinho Reserve 2008 tem notas de amora, violeta, chá preto e
caixa de charuto. Na boca é bastante concentrado, macio, encorpado, tem
boa acidez e elegância. O final é longo com notas de baunilha e café.
O Malbec de uma linha abaixo então, nem se fala. Custa 36 reais.
recebeu medalha de Ouro da Decanter
Magazine e 89 pontos da Wine Enthusiast. Um vinho que não decepciona. No
nariz boa fruta, com amora, cereja, ameixa e também flores e um toque
de especiarias. Na boca a mesma maciez do Grande Reserve. Um vinho longo
com notas de cereja e baunilha no retrogosto. Para mostrar que a linha
Jean Bousquet é consistente, o Labid Ameri, o homem forte da vinícola
que veio ao Brasilpara apresentar os vinhos, mostrou também um
fottificado, a moda do Porto, para acompanhar com perfeição, um sorvete
de gianduia. Vinho feito com Malbec de colheita tardia, com adição de
álcool vínico e 10 meses em cubas de madeira. Mas as surpresas não
pararam por aí. Tinha ainda o espumante extra brut rosé elaborado com
Chardonnay e Pinot Noir pelo método tradicional. Bela cor, boa perlage.
No nariz o espumante mostrava muita fruta e também os aromas típicos de
panificação, brioche, provocados provavelmente pelos 6 meses em contato
com as leveduras.
Na boca boa cremosidade, elegância e acidez.
O
Labid contou que não houve acréscimo de ácido tartárico, portanto,
acidez natural para um bom espumante argentino. Todos dos vinhos do
Domaine Jean Bousquet, são importados pela Abflug
www.abflug.com.br