quarta-feira, maio 25, 2011

A Eleição de Giuseppe foi Fácil. A Administração do Dinheiro Público Também.

Giuseppe era o homem mais conhecido de toda a região do Abruzzo. Dono de vinhedos, dono de lojas, dono de supermercado e de uma fábrica de tecidos que era a sua principal fonte de renda.
Mesmo assim passava o dia cuidando dos vinhedos.
Não havia um trabalhador temporário ou fixo que não quisesse trabalhar para Giuseppe. Ele pagava normalmente mais do que combinava.
Combinava uma coisa, via o desempenho do contratado, ficava sabendo de detalhes da vida dele, fazia amizade e pagava sempre mais. Nunca houve uma reclamação sobre pagamento. Nunca houve uma reclamação sobre maus tratos, autoritarismo, abuso de poder ou algo parecido.
Na fabrica de tecidos era a mesma coisa, só com a diferença de ter menos amigos por passar a maior parte do tempo nos vinhedos.
Um dia um grupo de amigos foi para sua casa convencê-lo a candidatar-se a prefeito.
Uma dificuldade.
Ele não queria de jeito nenhum.
foram duas semanas de conversa até que aceitou o desafio para evitar que um outro candidato inescrupuloso ganhasse a eleição pela segunda vez.
Lá foi Giuseppe para a guerra das urnas.
Lógo na primeira semana todos declaravam o voto nele. Por onde passava era aplaudido e abraçado.
Pouco depois Marino, o outro candidato, resolveu vasculhar a vida particular de Giuseppe. Apareceram amantes, filhos fora do casamento e até uma namorada da adolescência que abortou um filho de Giuseppe.
O mundo do senhor simpático e humanista veio abaixo.
Problemas com a mulher, problemas com as empresas e pela primeira vez na vida um sentimento desconhecido. Ficou com ódio de Marino.
Giuseppe admitiu tudo que lhe cabia, pensou em desistir, mas não era de sua estirpe.
Continuou na luta e pagou pra ver.
Em poucos dias funcionários e amigos pintaram as ruas de vermelho, mostravam as realizações do velho socialista que dava participação nos lucros aos funcionários. Do velho que começou trabalhando em uma colheitadeira e terminou dono de um patrimônio invejável.
Não haviam pesquisas na cidade.
O que se sabia é que o respeito por Giuseppe havia crescido.
O fato de reconhecer as atitudes do passado mostravam que ele estava ainda mais próximo do povo.
Marino estava transtornado. Parecia um louco. Falava absurdos, se repetia, vivia nervoso.
Giuseppe passou a se sentir melhor ainda. Se sentia mais leve percebendo que não tinha nenhum segredo. Se sentia feliz por fazer novos amigos.
Nos restaurantes entrava e era aplaudido. Pelas ruas andava a passos de tartaruga, tamanho era o apoio dos populares.
Claro que as urnas deram uma lição humilhante para Marino.
Marino também se dizia ao lado do povo.
Já havia ocupado o cargo anteriormente e suas realizações eram duvidosas.
No dia da posse teve vinho pra todo mundo.
O povo carregou Giuseppe nas costas enquanto Marino se contorcia de raiva.
Na prefeitura Giuseppe aplicou seus princípios de humildade e respeito. A cidade virou a mais próspera da região. No final do mandato ele voltou aos vinhos mais respeitado do que antes.
Passou anos lembrando da política de forma simples e descomplicada.
-Na minha empresa o dinheiro é meu, faço o que quiser. Lá o dinheiro é do povo, eles é que decidem o que fazer. Muito simples ouvir e fazer. Quando se está perto do povo, é claro...

Um Wine Show no Café Journal!



A foto acima já conta que foi um sucesso. Mostra também que o vinho cresce num ritmo acelerado em um país colonizado por um dos maiores (se não me engano o maior) consumidores per cápita do planeta, mas que tem um consumo muito baixo. Culpa também dos impostos absurdos e da falta de inteligência dos políticos em considerar o vinho um alimento como acontece na maior parte dos países produtores. Alimento que contém álcool, que deve ser consumido com responsabilidade, mas alimento.
Fazer um evento destes não é fácil. Mas é muito bom para quem gosta do vinho ver o sucesso. Principalmente se o evento for organizado por um restaurante que respeita o vinho, oferece uma carta bem elaborada e serviço correto.
Não faltaram bons vinhos e principalmente vinhos que num país de impostos absurdos conseguem um preço menos injusto. Justo para os importadores, para os revendedores. Injusto por parte do governo que sem aparecer, leva uma fatia enorme do bolo.
Quando se fala em balança comercial negativa eu penso logo na alegria do governo.
É negativa pra quem?
Para o País?
Se uma simples garrafa de vinho chega com mais de 100% de impostos e taxas o país não perde tanto dinheiro assim.
Perde a longo prazo, com a quebra de empresas, desemprego, mas isso fica para o próximo governo, não é problema imediato.
Esse vinho nas mãos do Nicolas Farias Torres, da Grand Cru, foi um dos vinhos que valeriam mais do que se pede por ele. Aqui onde estamos (Brasil).
No país de origem, custa certamente 3 ou 4x menos, nas lojas.
Culpa dos impostos!
Enfim, como vivemos aqui, só podemos protestar, reclamar, mas...
Comprar aqui.
E esse é um vinho com boa relação custo qualidade.
O Arrocal 2008, recebeu 90 pontos do crítico Robert Parker, é um vino Joven (passou 6 meses em barricas francesas e americanas).
Vinho de Ribera del Duero.
Cor rubi, transparente.
No nariz notas de especiarias, amora, couro.
Na boca é muito bem equilibrado.
Corpo médio.
Final longo e com notas de café.
A pedido do Nicolas chutei o preço: 80 reais.
Errei feio, custa 55 na Grand Cru www.grandcru.com.br
É ótimo quando se erra pra cima! 

Regiões Vinícolas - DOCG Barolo




É para muitos o maior vinho da Itália. Barolo e Barbaresco são vizinhos no Piemonte e são produzidos com a uva Nebbiolo.A região de Barolo fica perto da cidade de Alba, no meio da Serra Langhe.
São 11 cidades autorizadas a produzir o vinho. É um vinho complexo, com grande estrutura e com uma capacidade incrível de envelhecer.

Doniminazione di Origine Controllata e Garantita Barolo 
Localização: Barolo, Castiglione Faletto, Serralunga d'Alba para todo o município, La Morra, Novello, Monforte d'Alba, Verdun, Grinzane Cavour, Diano d'Alba, Roddi e Cherasco parte dela.
Solo: No Vale Serralunga, onde estão Castiglione Faletto, Monforte d'Alba e Serralunga d'Alba, o solo é composto de areia, calcário, ferro, fósforo e potássio. 
Os vinhos do Vale Serralunga tendem a ser mais austeros e potentes, necessitando de mais envelhecimento (pelo menos 12-15 anos) para se desenvolver.  
No Vale Central, nos municípios de Barolo e La Morra o solo Possui argila, óxido de manganês e magnésio. Por isso, os vinhos são mais perfumados e aveludados,menos tânicos e encorpados do que os do Vale do Serralunga. Após 8 ou 10 anos estão prontos para beber.
Área: 1714 hectares
Produção: Mais de 10 milhões de garrafas
Variedade: Nebbiolo
Envelhecimento: Mínimo 3 anos (pelo menos 2 em madeira). Riserva só após 5 anos entre madeira e garrafa.
Boas safras: 1996,1997,1998,1999,2000, 2001,2003,3004,2005,2006
Aromas: frutas vermelhas e negras, violeta, trufas, alcaçuz, tabaco, couro, alcatrão, etc...
Harmoniza bem com assados de carne vermelha, carnes de caça, trufas, queijos de pasta dura e queijos maturados. Além dos pratos onde se usa o Barolo no preparo.

Carta Aberta da Vinícola Aurora

Carta aberta da Vinícola Aurora à sociedade brasileira   No início do século passado, algumas famílias italianas cruzaram o Atlântico à pr...