terça-feira, novembro 29, 2011

Com o verão chegando, fique de olho na temperatura dos vinhos.


Muita gente acha estranho que cidades quentes como o Rio de Janeiro por exemplo o consumo de vinho seja bastante alto para os padrões brasileiros, mas não tem nada de estranho nisso.
Alguém acha que os portugueses, franceses, espanhóis e italianos param de beber tintos no verão?
Espanha e Portugal principalmente atravessam períodos onde a temperatura chega facilmente aos 40 graus, e os tintos estão lá.
O grande problema é pensar que os tintos devem ser servidos sempre na temperatura ambiente.
Loucura!
Boa parte das garrafas mostra no contra-rótulo a temperatura de serviço dos vinhos.
De forma geral, quanto mais encorpado mais alta a temperatura de serviço, mas a temperatura alta nunca passa dos 18 graus.
Portanto a temperatura embiente nos dias de calor seria uma tragédia.
Se a temperatura for respeitada, muitos tintos podem ser refrescantes e agradáveis.
Imagine que sua geladeira fica nos 5 graus, meia hora nessa temperatura pode resolver muitos problemas.
Caso o vinho seja mais suave deixe mais tempo.
Outro problema é pensar que os brancos devem estar gelados.
Não é bem assim.
Veja a tabela com as temperaturas de serviço sugeridas:
Espumantes e brancos doces e leves 5 a 7° C.
Champagnes de 6 a 8º.
Brancos secos e evoluídos ou um Jerez fino de 8 a 10º.
Rosés, mais leves entre 8 a 10º e, os mais evoluídos, no máximo até uns 14º.
Tintos leves, de 13 a 14°.
Brancos encorpados e Madeira ou Porto (Tawnies ou Ruby), de 14 a 16º.
Tintos médios e Vinhos do Porto Ruby Reserva, de 16 a 17°.
Tintos encorpados e Vinhos do Porto LBVe Vintage 17 a 18º.

Novos Sicilianos Chegam pela Wine Lovers



Class Sommelière e estrela da tv italiana Adua Villa, que viaja pelo mundo divulgando os vinhos italianos e apresenta o programa La Prova del Cuoco na Rai Uno.
Sobre os vinhos provados, ela disse uma coisa interessante do Nero d'Avola: "É como um sapato preto que vai bem com qualquer roupa. O Nero d'Avola vai bem com qualquer prato..." 

O diretor comercial da vinícola, Daniele Lizza, falou sobre os vinhos, sobre a ilha da Sicilia e sobre o trabalho sério nos vinhedos.
Os três brancos varietais, Inzolia, Catarratto e Grilo, comprovaram o que ele disse.
O Inzolia 2010 tem aromas de maçã, ervas aromáticas e casca de limão.
Na boca tem bom equilíbrio e corpo médio. Não passa por madeira.
Final com média persistência.
O Catarratto 2010 tinha notas de maçã, mel, curry e ervas aromáticas.
Na boca é mais encorpado que o Inzolia, tem notas minerais e bom equilíbrio.
Bom final.
O vinho que mais gostei foi o Grillo 2009.

A Grillo é uma variedade da Puglia, mas que se transforma em vinhos fantásticos na Sicilia. Assim como a Inzolia e a Catarratto, a Grilo é utilizada também na produção do vinho Marsala.
Esse branco pra mim foi o mais complexo.
No nariz notas de manga, abacaxi, louro e casca de limão.
Na boca é muito fresco, elegante, tem notas de amêndoa e final longo.
O Nero d'Avola 2010 comprovou o que a Adua falou.
Vinho fácil, bastante frutado, sem nenhuma madeira e bastante macio.
O corte Nero d'Avola/Syrah 2009 passou 8 meses em barrica francesa e mostrou notas de amora, cassis, pinho e mineral.
Na boca é encorpado, tem notas de especiarias, bom equilíbrio e persistência.
Os vinhos são importados pela Wine Lovers www.winelovers.com.br

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