sexta-feira, setembro 19, 2014

Todos os rótulos do Mouton Rotschild

Como algumas pessoas já sabem, desde 1945, um grande artista é convidado para ilustrar o rótulo do Mouton Rotschild, que é um dos grandes vinhos do mundo.
Abaixo estão todos:



O Vinho e a Pintura - Príncipe Charles para o Mouton Rotschild 2004






Solera 1847 Cream - Jerez - Gonzalez Byass



Gonzalez Biass tem 850 hectares plantados na área de Jerez superior, considerada a melhor, pelo solo rico em calcário e clima atlântico moderado.
Justamente como gostam as variedades Palomino e Pedro Ximénez, usadas na produção dos Jerez.
O vinho está na categoria de branco fortificado.
O termo Cream é usado para vinhos onde haja uma mescla de vinho seco com vinho doce e textura cremosa.
O vinho é claro e brilhante, com uma cor castanho.
O nariz é limpo com boa intensidade aromática.
Notas de figo seco, cravo, caramelo, café, cedro, nozes, casca de laranja, sempre com as notas de oxidação características.
Na boca é doce, cremoso, repete as notas do nariz, tem boa acidez, untuoso, bom para acompanhar sobremesas não muito doces e excelente para tomar sozinho como aperitivo.
Na Eapanha costumam tomar com uma pedra de gelo.
É encorpado e longo. 
Importador: www.inovini.com.br
Nota: 91/100

Veja um pouco sobre o sistema de produção característico dos Jerez
Vinhos elaborados com as variedades de uva Palomino Fino e Pedro Ximénez pelo sistema Solera.
O sistema chamado de Solera (na Espanha) é um sistema de envelhecimento dos vinhos que ficam empilhados em barris, no chão, sem nenhum controle de temperatura.



Algumas soleiras empilham cinco níveis de barris e o sistema de envelhecimento começa de baixo pra cima, com as safras mais antigas em baixo (em contato com o solo) e a safra atual na parte mais alta.
Na hora de preparar o corte do vinho, retira-se do barril mais baixo uma porção de vinho, e a mesma quantidade é recolocada com o vinho do barril imediatamente acima e assim por diante.
Por isso, os vinhos não são safrados, são uma mistura de safras, que ficaram no último barril.
No último barril, tem sempre uma quantidade (mesmo que ínfima) de um vinho muito antigo, muitas vezes centenário.
Para atestar o período de envelhecimento para o rótulo, como no caso deste 30 anos, se conjuga o número de barris utilizados com o período de transferência. Exemplo 10 barris + 1 ano de transferência = vinho 10 anos.
Na Itália (Sicilia), o mesmo processo é usado para o vinho Marsala, mas lá o processo é chamado de in perpetuum.
Voltamos ao vinho.
Esse sistema deixa o vinho com notas oxidadas e notas de envelhecimento óbviamente proposital

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