segunda-feira, fevereiro 10, 2014

Bouchard Beaune Marconnets Premier Cru 2011 - Côte d'Or - Borgonha - França



Confesso que escrever sobre um Premier Cru da Borgonha é diferente.
É um estilo que ou se ama ou se odeia e me coloco na primeira opção.
Elegância, finesse, o terroir único e o savoir-faire da Borgonha.
A cor é limpa, rubi, transparente, típica dos Pinot Noirs.
No nariz as frutas vermelhas características: morango, groselha, framboesa... E algo mais. 
Boa intensidade de aromas.
Notas de funghi seco, couro, especiarias doces.
Na boca a acidez alta, típica da borgonha, taninos macios, finos, uma textura delicada e agradável.
Notas de especiarias e uma excelente integração da madeira.
Passou 18 meses em barricas francesas.
Corpo médio, final longo.
Vinho extremamente jovem, deve melhorar muito nos próximos 10 anos.
Tem apenas 12,5% de álcool.
Preço: R$ 337,00
Nota: 93/100

Tudo sobre as regiões francesas - Beaujolais e Lyonnais - Parte 1



Depois da queda do Império Romano e da passagem dos bárbaros, os monges das grandes abadias da região do Beaujolais retomaram a viticultura.
Os solos graníticos eram perfeitos para a cultura da vinha.
No final do século 19, um cara chamado Victor Puillat, recuperou os vinhedos atacados pela filoxera, com os porta enxertos americanos.
A região de  Beaujolais tem 22 mil hectares e vai de val d’Azergues à Lyon, com  55km de comprimento e cerca de 15km de largura.
No lado leste dos vinhedos está o rio Saône e seus afluentes, que cruzam as colinas.
A Oeste, os montes oferecem encostas que estão entre 200 e 500 metros de altitude.
Os vinhedos são de maturação precoce, com uma temperatura média de 11 graus e a mistura de 3 tipos de climas: oceânico, mediterrâneo (no verão) e continental (no inverno).
A produção anual é de cerca de 1 215 000 hectolitros de vinhos tintos.
Os vinhedos do Coteaux-du-Lyonnais, tem 355 hectares e produzem cerca de 17 900 hectolitros por ano de tintos e brancos (de Chardonnay).
A variedade tinta, é a gamay, que aproveita do solo chistoso e pobre e tem 2 variações: a Gamay Geoffray  e a Petit Gamay .
A vinificação praticada no Beaujolais é bastante original.
As uvas não prensadas são colocadas em cubas fechadas e fermentam dentro das cascas, dando um suco em que o ácido málico se transforma em etanol num ambiente cheio de gás carbônico (maceração carbônica).
Essa forma de diminuir a acidez permite um desenvolvimento aromático dos vinhos jovens, mas a maceração carbônica, de forma geral, permite o desenvolvimento de aromas específicos que fazem a reputação da região.
Houve uma grande campanha no Brasil, dos Beaujolais Nouveau, que confundiram o consumidor, que num determinado momento achavam que era o melhor vinho do mundo e no segundo momento passaram a ignorar suas qualidades.

A região é dividida em 2 sub-regiões: Beaujolais e Beaujolais e Lyonnais, na região de Beaujolais existem 14 AOCs. 
Alguns crus possuem grande reputação, como : AOC Saint-Amour, AOC Juliénas, AOC Moulin-à-Vent e AOC Chénas.

Ilustração mostra a Harmonização de Queijos e Vinhos



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