Depois da queda do Império Romano e da passagem dos bárbaros,
os monges das grandes abadias da região do Beaujolais retomaram a viticultura.
Os solos graníticos eram perfeitos para a cultura
da vinha.
No final do século 19, um cara chamado Victor
Puillat, recuperou os vinhedos atacados pela filoxera, com os porta enxertos
americanos.
A região de Beaujolais tem 22 mil hectares e vai de val
d’Azergues à Lyon, com 55km de comprimento
e cerca de 15km de largura.
No lado leste dos vinhedos está o rio Saône e seus
afluentes, que cruzam as colinas.
A Oeste, os montes oferecem encostas que estão
entre 200 e 500 metros de altitude.
Os vinhedos são de maturação precoce, com uma
temperatura média de 11 graus e a mistura de 3 tipos de climas: oceânico,
mediterrâneo (no verão) e continental (no inverno).
A produção anual é de cerca de 1 215 000
hectolitros de vinhos tintos.
Os vinhedos do Coteaux-du-Lyonnais, tem 355
hectares e produzem cerca de 17 900 hectolitros por ano de tintos e brancos (de
Chardonnay).
A variedade tinta, é a gamay, que aproveita do solo
chistoso e pobre e tem 2 variações: a Gamay Geoffray e a Petit
Gamay .
A vinificação praticada no Beaujolais é bastante
original.
As uvas não prensadas são colocadas em cubas
fechadas e fermentam dentro das cascas, dando um suco em que o ácido málico se
transforma em etanol num ambiente cheio de gás carbônico (maceração
carbônica).
Essa forma de diminuir a acidez permite um desenvolvimento
aromático dos vinhos jovens, mas a maceração carbônica, de forma geral, permite
o desenvolvimento de aromas específicos que fazem a reputação da região.
Houve uma grande campanha no Brasil, dos Beaujolais
Nouveau, que confundiram o consumidor, que num determinado momento achavam que
era o melhor vinho do mundo e no segundo momento passaram a ignorar suas
qualidades.
A região é dividida em 2 sub-regiões: Beaujolais
e Beaujolais e Lyonnais, na região de Beaujolais existem 14 AOCs.
Alguns crus
possuem grande reputação, como : AOC Saint-Amour, AOC Juliénas, AOC
Moulin-à-Vent e AOC Chénas.