terça-feira, dezembro 20, 2011

Antes do Millésime Biô, um estudo mostrou que alemães e franceses pagam em média 10 euros por uma garrafa sem químicos


A décima nona edição do salão Millésime Bio, que acontece dias 23, 24 e 25 janeiro em Montpellier, começa com o resultado de um estudo mostrando que os franceses param em média 10,6 euros por uma garrafa de vinho "Biô", enquanto só alemães 9,6 euros.
O estudo foi realizado entre 16 e 20 setembro, ouvindo cerca de 2.000 pessoas dos dois países.
Também foi perguntado quanto gastariam para uma ocasião especial: 16,7 euros na França e 11,2 euros na Alemanha.
A pesquisa mostra também um resultado surpreendente, os vinhos "bio" são conhecidos por 83% dos franceses e apenas 63% dos alemães.Os números dos vinhos orgânicos na França, cresceram 8%, com um volume de negócios de 322 milhões de euros.

No Julgamento de Pequim deu China, mas os Bordeaux... Não eram como os do julgamento de Paris...


Os chineses colocaram frente a frente seus vinhos com os bordaleses.
Tudo às cegas, como deve ser.
Os jurados?
5 franceses e 5 chineses.
O local?
Um bar em Pequim.
O resultado?
Quatro vinhos chineses nos 4 primeiros lugares.
A explicação?
Os vinhos tinham um limite de preços entre 30 e 55 dólares e os impostos para os vinhos europeus chega a 50%, os vinhos de Bordeaux não eram Grand Cru, e pelo preço, lá estavam os melhores vinhos chineses, como o campeão, Chairman,s Reserve, da Grace Vineyard, que já foi bastante elogiado pela revista Decanter.
Claro que a importância da degustação não é daquelas de revolucionar o mundo do vinho como no julgamento de Paris em 1976, quando o mundo descobriu que os vinhos dos Estados Unidos eram de altíssimo nível.
Mesmo assim, é um sinal de que a região vinícola chinesa, que fica justamente no mesmo paralelo que Bordeaux e que o Napa Valley, deve ser respeitada.
O primeiro francês a aparecer na degustação foi o quinto colocado, o Saga Medoc 2009, produzido po Barons de Rothschild Collection, de Chateau Lafite
Depois vieram: Mouton-Cadet 2009, Medoc Calvet Reserva de L'Estey 2009, Cordier Prestige 2008, e o Kressman Grande Reserve St. Emilion 2008, o último colocado foi o chinês Altos Reserva Familiar 2009, de Ningxia. 
Produtores franceses como Lafite, Pernod Ricard e Chandom, já estão investindo em vinhedos na China.
O vencedor da prova, é um vinho de propriedade do chinês CK Chang em sociedade com o francês Sylvain Janvier.
Sou totalmente a favor de degustações às cegas para a promoção de vinhos bons de países sem tradição. Os americanos, reis do marketing, ensinaram isso em 1976.
Tenho certeza, que os vinhos brasileiros que acabam de ser pontuados pela Wine Enthusiast, teriam em média dois pontos acima se estivessem com os rótulos e países de produção escondidos.

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