sexta-feira, setembro 20, 2013

Tudo sobre as regiões francesas - Bourgogne - Parte 62 - Sub-Região: Côte de Beaune - AOC Puligny-Montrachet



A AOC Puligny-Montrachet fica na Côte de Beaune, ao sul de Meursault, na Côte-d’or.
O nome foi mencionado pela primeira vez em 312, por um intermediário de um discípulo de Eumenes* que escreveu a primeira descrição do vinhedo.
Existem duas divisões nesta AOC: Puligny-Montrachet com uma superficie de cem hectares de vinhedos e Puligny-Montrachet Premier Cru com apenas 1 hectare e 17 vinhedos: Sous le Puits (Blagny), La Garenne (Blagny), Hameau de Blagny, La Truffière, Champ Gain, Les Chalumaux, Champ Canet, Clos de la Garenne, Les Folatières, Le Cailleret, Les Demoiselles, Les Pucelles, Clavaillon, Les Perrières, Clos de la Mouchère, Les Combettes e Les Referts.
Os solos são de calcário marron e marga argilo calcária.
São produzidos tintos e brancos.
Tintos com Pinot Noir e Brancos com Chardonnay ou Pinot Blanc.
O interessante é que tanto brancos como tintos são excelentes nesta AOC.
São vinhos que certamente estão entre os melhores do mundo.
Elegantes, com bastante fruta, equilíbrio e potencial de guarda como poucos.


*Rei da Macedônia.

O Dia Em Que o Romanée Conti Virou Caldo!


Jean Pierre trabalhava na equipe de estilistas de uma grande Maison francesa, na Rue du Fauburg Saint Honoré, em Paris.
Amava os vinhos, as festas, reuniões gastronômicas e Champagnes.
Dizia com sua afetação peculiar que ganhava o suficiente para beber grandes vinhos todos os dias.
Saía do escritório por volta das 5 horas e comprava sempre um grande vinho para acompanhar o grande jantar preparado com capricho pelo seu companheiro Marcel.
O que Jean sabia de vinhos, Marcel sabia de gastronomia!
A diferença é que Marcel não ganhava o suficiente para frequentar os restaurantes estrelados de Paris. Preparava maravilhas em casa.
O jantar de hoje é para 5 convidados, um deles crítico gastronômico.
Os pratos: Um Coq au Vin e um Risoto (para eles risotô) de trufas brancas do Piemonte.
Jean sentiu o cheiro da comida na entrada do prédio.
Subiu, foi direto pro banho e saiu pronto para a recepção.
Foi até a cave climatizada e procurou pelo La Tâche e pelo Romanée Conti, escolhidos a dedo para o jantar.
Depois de muita procura encontrou o La Tâche. Mas e o Romanée Conti?
Marcel não suportava que entrassem na cozinha enquanto trabalhava, mas nesse caso...
-Marcel, voce mexeu nos vinhos?
-Claro, peguei o vinho para o Coq au Vin!
Jean Pierre desmaiou imediatamente.
Marcel gritava, pulava, telefonou para a ambulância, chamou os vizinhos, enquanto Jean Pierre recuperou os sentidos.
-O que houve Jean, teve um mal súbito?
Jean levantou, mandou os vizinhos embora, cancelou a ambulância e disse a Marcel:
-Você não tem ideia do vinho que usou para o seu Coq au Vin, nem vale a pena explicar, mas foi uma desgraça! uma tragédia!
Os convidados chegaram, comeram, elogiaram...
Jean tomava o caldo do Coq au Vin como se fosse sopa.
Raymon, o crítico gastronômico, poderia ter ficado calado, mas não ficou:
-Temos liberdade suficiente para que eu dê minha opinião sem rodeios: Para um bom Coq au Vin é preciso acrescentar um bom vinho...
Jean desmaiou mais uma vez!!!

PS: O Romanée Conti é um dos vinhos mais caros do mundo.

Dois Grenaches para o dia da Grenache

Os dois vinhos são da Decanter (www.decanter.com.br), que entrou no espírito da Grenache e abriu 10 vinhos para sommelier e especialistas, em comemoração do dia da Grenache, comemorado hoje.
O Giocoso eu conheço bem.
Esse é o 2006.
Sei da seriedade e cuidado que o Claude e a Isabel Fonquerle dispensam a cada cacho de uva, no Domaine l'Oustal Blanc, em La Livinière (Minervois), no Languedoc Roussillon (França).
Biodinâmico.
Tem 65% de Grenache, o restante é dividido entre a Syrah e a Carignan.
Algumas vezes tem uma minúscula parte de Cinsault, que nem sempre é revelada, mas que dá frescor ao vinho.
Passou 1 ano em barricas francesas.
No nariz amora, cereja, mirtilo, alecrim, arruda, alcaçuz e notas minerais.
Na boca é encorpado, potente, com muita fruta e equilíbrio.
Fresco no nariz e na boca.
Um vinho longo e que deve evoluir ainda por muito tempo em garrafa.
Deve ficar ainda mais interessante com mais uns 5 anos em garrafa.
92 Pontos.
Custa R$ 156,80
O outro vinho é daqueles que vale mais do que custa apesar dos nossos impostos absurdos.
O Montal Garnacha 2007 é da região de Albacete (Espanha) produzido no Pago de Montal.
É um Vino de la Tierra de Castilla.
Esse sim, 100 % Garnacha.
Com apenas 4 meses em barricas, o vinho é uma explosão de frutas.
Amora, ameixa, cassis, mirtilo...
Com mais contato com o ar e umas mexidinhas na taça, aparecem notas de couro, tabaco, alcaçuz...
Na boca é macio, frutado, encorpado e longo.
É ainda jovem apesar de já ter 6 anos.
Acho que ainda evolui por mais 3 ou 4 anos.
89 Pontos.
Custa R$ 71,00

Arte com Alimentos - Carl Warner - 4




Carl Warner usa pedaços de alimentos para criar cenas incrivelmente realistas e complexas.

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