A AOC
Chateauneuf-du-Pape é sem nenhuma dúvida a aoc mais conhecida do Rhône.
No século 14, o Papa João
XXIII construiu em Châteauneuf uma fortaleza, onde se desenvolveram os famosos
vinhedos.
Com a tradição católica da
grande cidade dos papas de Avignon, a fama só cresceu.
A boa reputação envolve
brancos e tintos em 3 mil hectares de vinhedos que produzem cerca de 100
milhectolitros de vinho por ano.
93% são de vinhos tintos.
A área plantada fica em
torno da comuna de Châteauneuf-du-Pape e em outras 4: Bédarrides, Courthézon,
Orange e Sorgues.
É um terroir excepcional,
que fica na margem esquerda do Rhône entre Avignon e Orange.
Os vinhedos ficam em
terraços nas encostas com solos cobertos de argila vermelha, misturada com
pedras de quartzo.
Tem um microclima
mediterrâneo e está na parte mais quenta de Cotes-du-Rhône, com cerca de 2800
horas de sol por ano e uma temperatura média de 14 graus Celsius.
Os vinhedos são conduzidos
em Gobelets para proteger as uvas do vento Mistral e das queimaduras do sol.
A maturação também é
acelerada pelas pedras do solo, que conservam o calor do dia durante toda a
noite.
13 variedades são
autorizadas e utilizadas, mas a grande parte dos vinhos são de Grenache Noir
(no caso dos tintos) e Grenache Blanc, Clairette, Bourboulenc e Roussanne (para
os brancos).
Os vinhos tem grande
intensidade aromática.
Os tintos são muito
complexos, potentes e equilibrados.
No nariz apresentam quase
sempre notas de bosque, frutas vermelhas maduras, cassis, amoras, especiarias e
torrefação.
São melhores depois de um
tempo em garrafa, sempre bom guardar um pouco e melhor ainda guardar por cerca
de 10 anos.
Os brancos tem pouca acidez
e levemente adocicados.
São untuosos e com boa
intensidade e riqueza aromática.
Normalmente aparecem notas
de flores e mel.