terça-feira, dezembro 07, 2010

A Itália é o país que mais produz vinho no mundo. Alitalia não transporta vinhos!


Parece brincadeira que o maior produtor de vinhos do mundo não deixe que o turista, na companhia aérea que tem sua bandeira e tem o próprio nome do país, levar como cartão de visitas o vinho ou o azeite para o país de origem.
Só como informação, um amigo veio essa semana de Portugal, pela TAP, e a moça perguntou no check in: O que tem nessa caixa? Vinhos, respondeu ele. A moça com toda simpatia do mundo disse: quer embarcar como bagagem especial para que nã quebre?
Pois é, um outro amigo, uma das maiores autoridades do mundo do vinho brasileiro, precisou largar seus vinhos no aeroporto italiano. Uma vergonha, um desrespeito incrível.
As companhias aéreas cada dia tiram mais coisas dos passageiros. Espaço, talheres, comida, etc...
vejam o e-mail que recebi do Aguinaldo Záckia Albert e morram de raiva.
Estou tentando contato com a Alitalia para ouvir uma explicação deles. Assim que tiver, se tiver , publico.


AVISO IMPORTANTE AOS AMANTES DO VINHO
TUTTO MENO ALITALIA!
Por AGUINALDO ZÁCKIA ALBERT
Como filiado que sou da FIJEV – Fédération Internationale des Journalistes et Écrivains du Vin et Spiritueux, fui convidado a fazer um tour pelas regiões vinícolas da Toscana, juntamente com jornalistas de vários países.
Organizado pela REGIONE TOSCANA, tivemos oportunidade de visitar alguns dos melhores produtores de Montepulciano, Montalcino, Morelino di Scansano e Maremma, onde fomos recebidos de forma calorosa por seus vinhateiros e provamos grandes vinhos. Uma viagem a ser guardada com carinho na memória.
O roteiro terminou num domingo de manhã, em Suvereto, de onde partimos para Firenze. Cheguei por volta das 11:00 e, como meu voo era noturno, peguei um táxi e rumei para Firenze per fare una passegiatta e rever ao menos a cópia da estátua de David, de Michelangelo, na Piazza della Signoria, defronte ao Pallazzo Vechio (os funcionários dos museus estavam em greve).
Uma boa pasta acompanhada de um bicchieri di vino e estava almoçado. Enquanto tomava um café, pude ouvir uma excelente contralto russa que cantava na praça algumas das melhores passagens da ópera italiana.
Estava profundamente feliz e agradecido por poder estar vivo e estar ali, desfrutando de toda aquela beleza, depois de fazer um belo roteiro de vinhos. Sem dúvida um grande privilégio. Poderia haver alguém lá em cima – por que não? – e esse alguém podia até mesmo se interessar por mim. Muita gente acredita nisso.

Depois dessa tarde maravilhosa, peguei um táxi e rumei para o aeroporto de Firenze, onde pegaria um voo para Roma e, depois, para São Paulo. Começaram aí os meus problemas e a Divina Comédia quando tive que me confrontar com uma empresa aérea chamada Alitalia. Fazendo o caminho inverso do grande Dante, saí do Céu e fui lançado ao Inferno, sem passar pelo Purgatório.
Comedido como sou, levei comigo apenas três singelas garrafas de bons vinhos, um Schidione e um Brunello de Montalcino, que comprei, e mais um Brunello, que ganhei. Levava também comigo duas pequenas garrafas e uma latinha do delicioso azeite da região recém elaborado que ganhara de alguns produtores. Lembro que a lei brasileira permite que entremos no Brasil com até 12 litros!
Como sempre faço (e faço isso inúmeras vezes ao ano, em viagens à Europa, e mesmo à Itália) embalei os vasilhames bem protegidos em uma caixa de 6 garrafas de papelão de vinho, que tive o cuidado de embalar em plástico (mais 10,00 Euros pro beleléu). Como não se pode levar líquido como bagagem de mão, tentei embarcar a caixa juntamente com minha pequena valise. Tinha comigo apenas mais uma mala.
E não é que fui impedido de embarcar com os azeites e os vinhos! O pessoal da ALITALIA se mostrou absolutamente intransigente, mesmo depois de ter me identificado como jornalista de vinhos e ter inclusive mostrado minha carteira profissional e o convite da REGIONE TOSCANA. Falei com várias pessoas e discuti asperamente – em bom italiano, depois em inglês – diante do absurdo de tal situação, mas nada consegui, nem mesmo me propondo a comprar outra mala ou embarcar os vinhos na mala que já tinha! Foi-me dito que a Alitalia tem há 5 anos uma norma que proíbe o transporte de líquidos na carga de seus aviões para que, caso as garrafas se quebrem (o que seguramente não iria acontecer) não molhem a bagagem alheia.
O mais estranho é que a empresa não avisa seus passageiros de tal fato. Mais estranho ainda é que anteriormente já havia trazido vinho pela mesma companhia. O que afinal aconteceu? Será que a empresa foi comprada pelas ORGANIZAÇÕES TABAJARA para ter uma norma tão estúpida?!
Peguei a caixa de vinhos e a abandonei no centro do salão do aeroporto e embarquei apenas com minha valise. Algum cão bem treinado deve ter cheirado bem a caixa (um cão degustador, quem sabe?) e depois algum robô deve ter desarmado a perigosa bomba...
A empresa ALITALIA, bastante conhecida por seus maus serviços aéreos, pôde mostrar nesse episódio a sua pior face. Numa decisão absurda, impediu que fosse mostrado no exterior amostras dos dois mais conceituados produtos italianos no mundo, o azeite de oliva e o vinho, mesmo sabendo que se tratavam de amostras a serem provadas em degustações por profissionais reconhecidos. Como entender tanta estupidez e burrice na terra de Michelangelo e Da Vinci?
Dessa forma, caros confrades e amigos do vinho, caso queiram trazer alguma coisa líquida da Itália (vinho, azeite etc.), não utilizem a ALITALIA. Você está arriscado a perder seus vinhos, ter prejuízo e ainda ser brindado com uma poltrona central na última fileira do avião, como aconteceu comigo. Comboios de africanos pelo Mediterrâneo, caravanas de ciganos pela rota do leste europeu ou barcos lotados de albaneses no Mar Adriático. Tudo isso, meus caros, É MELHOR E MAIS AGRADÁVEL DO QUE VIAJAR PELA ALITALIA.

TUTTO MENO ALITALIA!!!

A Itália e suas DOCGs, DOCs e IGTs - Sardegna


No meio do Mediterrâneo, a Sardegna sofreu influências de vários povos.
As variedades Moscato e Malvasia dividem espaço com as variedades autóctones: Giro, Cannonau, Nuragus, Nasco, Monica, Semidano e Vernaccia di Oristano.
Nos últimos tempos os rendimentos foram reduzidos drásticamente em favor da qualidade. Entre as DOC, os Brancos possuem melhor reputação.
A Vermentino domina a produção de qualidade dos vinhos secos.
É uma variedade com forte presença na Sardegna e na Ligúria e com alguma presença na Toscana.
A Moscato pode estar em vinhos tranquilos ou espumantes, sempre doces.
A Malvasia também pode estar nos vinhos doces, mas tem mais complexidade nos vinhos secos em Bosa ou nas colinas de Planargia, no oeste da ilha.
Outro Branco doce importante é o Semidano.
O vinho mais típico da Sardegna é o Vernaccia di Oristano.
Um vinho de origem desconhecida comparado ao Sherry com uma gama muito rica de aromas e sabores.
A variedade branca Nuragus é também bastante interessante, dizem que foi trazida pelos fenícios. Os vinhos elaborados com ela são brancos secos modernos.
As tintas mais importantes são: Cannonau, da familha da Grenache, Carignano e Monica.
Com a Cannonau, os sardos fazem uma imitação de vinho do Porto.
Só existe uma DOCG (Vermentino di Gallura).

DOCs

Alghero
Arborea
Campidano di Terralba
Cannonau di Sardegna (Capo Ferrato, Jerzu, Oliena or Nepente di Oliena)
Carignano del Sulcis
Girò di Cagliari
Malvasia di Bosa
Malvasia di Cagliari
Mandrolisai
Monica di Cagliari
Monica di Sardegna
Moscato di Cagliari
Moscato di Sardegna (Gallura, Tempio Pausania)
Moscato di Sorso Sennori
Nasco di Cagliari
Nuragus di Cagliari
Sardegna Semidano (Mogoro)
Vermentino di Sardegna
Vernaccia di Oristano

IGTs
Barbagia
Camarro
Colli del Limbara
Isola dei Nuraghi
Marmilla
Nurra
Ogliastra
Parteolla
Planargia
Nuoro (ou Provincia di Nuoro)
Romangia
Sibiola
Tharros
Trexenta
Valle del Tirso
Valli di Porto Pino

Carta Aberta da Vinícola Aurora

Carta aberta da Vinícola Aurora à sociedade brasileira   No início do século passado, algumas famílias italianas cruzaram o Atlântico à pr...