quinta-feira, dezembro 06, 2018

Vertical do Roquette & Cazes (Douro - PT) mostra nariz português e boca francesa





É muito interessante quando a cultura do vinho se mistura numa garrafa.
A Quinta do Crasto, da família Roquette, elabora vinhos excelentes no Douro, como o Vinha Maria Teresa que está entre os grandes vinhos do mundo.
A família Cazes é quem produz o famoso Lynch Bages, um grand cru classé de Pauillac que está entre os mais importantes.
Juntar as duas famílias no mesmo projeto só podia resultar em um grande vinho.
Provei 6 safras do Roquette & Cazes e o Xisto 2013.
A garrafa de um Roquette & Cazes custa em torno de 280 reais e do Xisto, acima dos 1000 reais.
Na minha avaliação, todas as safras (2007, 2009, 2010, 2012, 2014 e 2015) mostraram em comum a delicadeza dos taninos.
São vinhos que mostram potência e elegância ao mesmo tempo, bem o estilo de Bordeaux.
Todo o resto é português.
No nariz as notas de violeta levam diretamente ao Douro.




Destaco o 2015, o mais jovem que provei.
O vinho passou 18 meses em carvalho francês, é um corte de Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz.
No nariz groselha, cereja, violeta, eucalipto, cacau...
Na boca é seco, mas tem uma sensação levemente adocicada com um sabor intenso de frutas vermelhas.
Os taninos são potentes e finos, nada adstringentes, granulados e macios.
Tem boa acidez, bom equilíbrio, com o álcool bem equilibrado apesar dos 14,5% informados na garrafa.
Final longo.
Nota: 94
Importador: www.qualimpor.com.br/


Carta Aberta da Vinícola Aurora

Carta aberta da Vinícola Aurora à sociedade brasileira   No início do século passado, algumas famílias italianas cruzaram o Atlântico à pr...