segunda-feira, junho 06, 2011

A Revista diVino deu destaque para o Encontro de Vinhos Off


A Revista falou da importância da feira para o crescimento do mercado de vinhos no Brasil e apresentou a lista de expositores do evento.
O destaque maior, foi para o Top 5.
A Revista diVino já está nas bancas. Quem preferir pode ler algumas matérias no site:
http://www.revistadivino.com.br/confraria-degustacao/17/artigo219032-1.asp

Hoje tem o evento dos Brunellos em São Paulo e eu tive a sorte de jantar com alguns produtores ontem


Fizemos (eu e um grupo de amigos) uma degustação com alguns produtores de Brunellos, mas de forma diferente da que terrmos hoje a noite em um evento. Hoje serão vinhos de uma mesma safra.
Fizemos uma espécie de vertical com vinhos dos produtores presentes.
Provamos primeiro o Prime Donne 2005, elaborado por Donatella Cinelli Colombini.

O vinho, importado pela Vinissimo, tem excelente qualidade e uma curiosidade: Nesta vinícola só trabalham mulheres.
O vinho é concentrado, novo e fechado ainda, mas as notas de cereja, amora, tabaco e florais estão alí.
Na boca o vinho é elegante, bem equilibrado e encorpado. 
O final é longo.
Passamos logo para o vinho que promete ser o melhor da noite, só não foi por ser ainda jóvem.
O Il Poggione 2006 foi vinificado de uma forma comum no piemonte, mas rara em outros lugares.

O chapéu (massa sólida com as cascas da uva que normalmente ficam sobre o líquido e é levada constantemente para baixo na chamada remontagem) é levado para o fundo do recipiente por uma grade e fica sob o suco da uva.
No nariz o vinho tem aromas de framboesa, groselha, chocolate e canela.
Na boca consegue ser potente e macio, elegante, encorpado.
No retrogosto notas de licor de cacau e café.
Um vinho fora de série!
É importado pela Vinhosul.

O terceiro Brunello da noite foi o La Velona Riserva 2004, importado pela Dolivino.

Vinho com boas notas de cereja, tabaco, terra molhada, chocolate e café.
Já mais pronto que os outros, mostra maciez e elegância.
É encorpado e tem um longo final.
O melhor vinho da noite (principalmente por estar mais pronto e na minha opinião o Il Poggione 2006 é melhor) foi o Brunello di Montalcino Talenti vigna del Paretaio 2001.
Esse tá pronto. Perfeito, cheio de aromas e complexidade que o tempo dá para estes grandes vinhos da toscana.
No nariz cereja, couro, notas florais, tabaco e café.
Na boca é aveludado. Macio e elegante como poucos. Encorpado, enche a boca.
Equilíbrio perfeito! 
Passou 3 anos em barricas francesas (60%) e eslovenas (40%).
O final é muito longo.

Hoje a chef que mais conhece a cozinha brasileira lança um livro


Mara Salles, que comanda a cozinha do Tordesilhas, lança hoje na Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, o livro Ambiências - Histórias e Receitas do Brasil.
Mara conhece profundamente a gastronomia brasileira, sabe misturar sabores, cores e aromas como poucos. Sabe valorizar e manter viva a cultura gastronômica brasileira.
O lançamento acontece das 18:30 às 21:30, na Avenida Paulista, 2073 - térreo - São Paulo, Capital.
Parabéns Mara!!!

Vilmar Bettú. Talvez ele seja o último romântico


Como se fosse um encontro secreto Vilmar Bettú, nos esperou com paciência, até a nossa chegada, por volta da meia noite.
O jovem senhor de olhar sossegado, cabelos longos, um rabo de cavalo e cara de satisfação, foi logo se apresentando para cada um dos blogueiros.

Logo na entrada, barricas e garrafas de espumante (essas ele não vende), faziam parte de um cenário raro dentro da realidade vinícola dos produtores de vinhos finos da Serra Gaúcha. Um labirinto de garrafas, barricas  e garrafões, surgiam como num filme.

Bettú pediu silêncio para não acordar a família e logo de cara disse que naquele horário deveria estar no carteado.
Os garrafões são usados para decantar o vinho antes do engarrafamento, 
Quando peguntamos sobre quantidades, as respostas não são precisas, mas surpreendentes.
“Faço poucas garrafas! Umas 160 de cada rótulo!”

A conversa fica mais interessante quando Bettú abre uma bela sala de degustações e começa a buscar as garrafas. Começamos com o espumante invendável.
  
Antes ele desapareceu, quando fomos ver onde estava, disse que saiu para se proteger para uma operação perigosa, o degorgement.
A perlage era nervosa, fina.
O vinho de ótima qualidade.
Bettú conversou com a naturalidade de quem encontra velhos amigos, mesmo sabendo que todos estavam ali pela primeira vez.
“piso todas as uvas, com meus chulés e tudo”.
Nada ali era conhecido, comum, banal.
A personalidade de Bettú, que não  sabe o que é marketing, não quer saber e tem raiva de quem sabe, é capaz de encantar qualquer amante do vinho.
Bettú é Bettú e pronto!
Os vinhos foram surgindo um atrás do outro e só terminaram quando pedimos a lista de preços com  56 vinhos diferentes.
Vinho orgânico?
“Aqui quem diz que faz isso mente! Com essa umidade se as uvas não são protegidas como se deve não temos vinhos”.
O pedido de silêncio na entrada foi desnecessário, o silêncio para ouvir as histórias de Bettú veio naturalmente, respeito pela sabedoria, pela paixão, convicção e romantismo.

Isso, achei a palavra! Eu e mais seis blogueiros passamos mais de 2 horas com o último romântico do promissor mercado de vinhos brasileiros.

Por esses dias, mostrarei um vídeo com a visita completa na pequena vinícola do Bettú. 
Todas as fotos foram cedidas pelo Gil Mesquita - www.vinhoparatodos.blogspot.com

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