sábado, março 04, 2017

Franceses estão criando vinhedos resistentes a doenças. Isso é bom?






O trabalho é do Instituto Nacional de (Recherche) Pesquisa Agronômica (INRA), da França.
Tudo começou depois que se deram conta de que 20% de todos os fungicidas usados na França vão para os vinhedos.
A ideia é criar variedades que resistam ao míldio e ao oídio, as duas principais doenças que atacam as folhas e os cachos.
Em 1970, um pesquisador do mesmo instituto criou uma variedade, chamada "Bouquet", que tinha um gene resistente a essas pragas.
Seguindo esse trabalho, no ano 2000, os cientistas usaram a "Bouquet" em cruzamentos com variedades dos Estados Unidos e da Ásia, criando assim variedades chamadas "Resdur" com 3 genes resistentes as mesmas pragas.
Hoje, essas variedades passaram apenas por 1 tratamento desde o ano 2000, enquanto as variedades normais, foram tratadas com fungicidas por 15 vezes.
Com mais conhecimento do que chamam genética molecular, os cientistas podem melhorar os brotos a cada geração.
A primeira geração de variedades criadas com essa tecnologia será inscrita no catálogo oficial e poderá ser comercializada na França.
Até 2023 serão cerca de 30 variedades novas.
Por enquanto as variedades não têm nome, só números.
As duas que serão inscritas em 2017 serão a J134 e a J58.
Muito difícil saber se isso é bom ou ruim.
Não usar pesticida ou fungicida é excelente, mas criar esses frankensteins é que eu não sei.
É diferente de um simples cruzamento, é uma modificação genética.
Muita gente consegue produzir boas uvas com outros métodos, sem usar nenhum químico e sem mexer com a natureza.
É esperar pra ver.
Fonte: La Revue du Vin de France

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