Vinhos de diversas faixas de preços, diversas propostas e uma única realidade: São confiáveis.
Os vinhos da família Roquette são tão confiáveis que são importados por eles mesmos. Um dos irmãos resolveu ficar por aqui depois do susto que veio logo após a revolução dos cravos, quando o país passou um tempo de incerteza, quando todos os portugueses que tinham algum bem temiam ficar sem nada.
Foi aí que muita gente deixou o país, voltando logo que as coisas estabilizaram e o país saiu da estagnação de uma ditadura para uma democracia de desenvolvimento econômico e social. Era hora de voltar pra casa, mas João Roquette resolveu ficar. O irmão José (família de 11 irmãos), dono da Herdade do Esporão (acima, foto da Herdade), perguntou se João não queria trazer os vinhos para o Brasil, e claro, ele aceitou.
Isso foi em 95, antes da marca ser quase uma unanimidade no Brasil.
A família controla também a Quinta do Crasto e a Quinta dos Murças, que também são importados pela Qualimpor.
Conheço os vinhos, provei várias vezes e volto a provar a cada safra.
Na semana passada a prova foi no maravilhoso consulado de Portugal (foto acima), com quase toda a linha dos vinhos da Quinta do Crasto e Herdade do Esporão (ambos da família Roquette).
Provei diversos vinhos. Muitos deles merecem a dica, mas claro que não vou postar tudo de uma só vez.
Não vou cansar os olhos do leitor com tantos rótulos e tantas notas de prova.
Guardo no meu arquivo e escrevo aos poucos. Prometo!
Como comecei a prova pelos brancos, hoje falo do 2 Castas Branco 2010, da Herdade do Esporão.
Um alentejano elegante, sem preguiça de mostrar os aromas de manga, damasco e minerais.
Na boca a acidez convida aos próximos goles.
Tem corpo médio, mas final persistente.