segunda-feira, junho 17, 2019
Velejando no Tejo, na região de Lisboa.
Num dia de verão, pegamos o veleiro do navegador solitário (Ricardo Diniz), um dos grandes velejadores desse planeta, que faz travessias pelo mundo e na ocasião, tinha o patrocínio do vinho do Porto Taylor (não sei se ainda continua).
Ver a Lisboa de outro ângulo é mágico.
Foi tudo gravado pelo celular e eu resolvi juntar tudo agora.
Assista:
Sempre que vejo o Tejo, lembro dessa maravilha do Fernando Pessoa:
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o tejo não mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o tejo não é o rio que corre pela minha aldeia,
O Tejo tem grande navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso, porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele...
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