sábado, agosto 17, 2013

Tudo sobre as regiões francesas - Bourgogne - Parte 49 - Sub-Região Côte-de-Beaune - AOC Chorey-lès-Beaune



A AOC Chorey-lès-Beaune é uma denominação principalmente para vinhos tintos elaborados com as uvas de 130 hectares de vinhedos.
Os solos são de aluvião, cascalho, marga e calcário.
A produção anual é de cerca de 5 800 hectolitros.
São tintos elegantes e uma pequena parcela de brancos bastante frutados.
Sempre com a Chardonnay e a Pinot Noir.
A localização dos vinhedos e o micro-terroir, evitam que os vinhedos sofram com o stress hídrico, dando vinhos mais leves e frutados.
Normalmente esses vinhos apresentam os aromas típicos da Pinot Noir com as frutas vermelhas, com domínio da cereja.
Na boca os taninos são finos e sedosos.
São vinhos que envelhecem bem e na evolução, mostram notas de geléia de morango, pão de especiarias, gengibre ou couro nas melhores safras
Os raros brancos da AOC mostram aromas de flores brancas, avelã e citronela.

Com tempo em garrafa, ganham untuosidade e persistência.

O Vinho e a Pintura - A arte picante de Terry Rodgers


Título: The Clarity of Singular Transformation

Como escolher uma cerveja? Por Alessandro Pinesso*

A variedade de rótulos e preços pode confundir quem está começando a se aprofundar no universo cervejeiro. Há alguns anos, quando tudo o que havia era cerveja industrial, era fácil, pois as opções eram escassas. Agora, felizmente, a coisa ficou bem mais complicada e saborosa.
Nos supermercados, será muito difícil obter orientações. Algumas lojas têm especialistas de plantão na seção de vinhos, mas nunca vi isso no setor de cervejas. Para isso, será necessário ir a uma loja especializada ou empório ou, se preferir, comprar pela internet, há vários sites de venda e até mesmo clubes, onde o associado paga uma taxa mensal fixa e recebe um lote de garrafas com periodicidade mensal. Nos bares especializados, os funcionários podem orientar na escolha.

Ler a respeito ajuda bastante, mas o principal mesmo é degustar. Só assim você poderá, aos poucos, criar seu repertório de rótulos e estilos favoritos. Mesmo assim, é sempre bom arriscar um pouco, sair da zona de conforto e procurar expandir seus horizontes.
Nem sempre uma cerveja importada ou cara será garantia de sucesso na sua degustação. Além do gosto pessoal e das características de cada uma, a cerveja pode sofrer muito com o transporte e armazenamento inadequado. Sempre verifique a data de validade da cerveja, caso falte um mês ou menos para o vencimento, melhor escolher outra, a não ser que esteja com preços promocionais, daí o risco é menor.
No geral, podemos dizer que as cervejas belgas são mais encorpadas e aromáticas, com baixo amargor, com exceção das witbier, cervejas de trigo que geralmente levam raspas de casca de laranja Curaçao e sementes de coentro, um estilo leve e refrescante. Há ainda aquelas de fermentação espontânea, dos estilos gueuze e lambic (leia texto publicado neste blog em 20 de junho aqui: http://www.papodevinho.com/2013/06/a-tradicao-belga-das-cervejas-lambic-de.html), mais ácidas, azedas, com características que rementem aos espumantes. Os belgas são mestres na adição de ingredientes inusitados no preparo de suas cervejas.
Já as alemãs são produzidas apenas com água, malte, lúpulo e levedura, seguindo a Lei de Pureza de 1516, até hoje em vigor. As claras são mais focadas no malte, com amargor pouco pronunciado e lúpulo floral, em estilos como German Pilsener, Helles, Oktoberfest, Märzen, Kölsch, entre outros. As escuras são mais tostadas e o amargor é geralmente oriundo desta característica, tais como Schwarzbier, Dunkel, Bock, Doppelbock. Numa outra chave, as cervejas de trigo, Weissbier ou Weinzenbier, turvas, com aroma e sabor de cravo e banana pronunciados. A popular Pilsen da República Checa se parece com a alemã, mas o lúpulo Saaz, mais aromático, se destaca no conjunto, além da coloração, dourada.
Os ingleses produzem estilos diversos, alguns bem potentes e alcoólicos, como Barley Wine (leia o texto de 5 de julho aqui: http://www.papodevinho.com/2013/07/barley-wine-estilo-cervejeiro-para-os.html), Russian Imperial Stout e algumas India Pale Ale. A maioria, contudo, se encaixa nas categorias Pale Ale e Bitter, com coloração âmbar a castanha, pouco álcool e bom equilíbrio entre malte e lúpulo. Nas escuras, encontramos estilos como Porter e Stout (popularizado em todo o mundo graças à irlandesa Guinness), com forte tostado.
Os norte-americanos são os iconoclastas do momento, modificando estilos clássicos e produzindo rótulos com as variedades locais de lúpulo, bem mais intensas e aromáticas que as europeias. São recomendadas para quem já tenha experimentado cervejas especiais, pois, num primeiro contato, podem espantar os desavisados. As cervejarias artesanais brasileiras variam muito, alguns se mantêm fieis aos estilos tradicionais europeus, outros preferem a liberdade da escola norte-americana. No geral, estamos progredindo bastante, em quantidade de rótulos e também na qualidade da bebida.
Este é apenas um apanhado geral, pois o assunto é extenso. Portanto, em sua próxima visita ao supermercado, bar ou empório, não tenha medo do desconhecido e prove uma cerveja diferente.

*Alessandro Pinesso é sommelier de cervejas formado pela Associação Brasileira de Sommeliers (ABS) e Association de la Sommellerie Internationale e Mestre em Estilos Cervejeiros pelo Instituto da Cerveja Brasil, associado ao Brewers Association dos EUA.

E-mail: pinesso@gmail.com

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