terça-feira, setembro 03, 2013

Regrinhas básicas: como apreciar todo o sabor da cerveja


Apesar de, normalmente, ser consumida em ocasiões informais, a cerveja pode perfeitamente ser harmonizada com um cardápio sofisticado, inclusive com sobremesas, desde que sejam seguidas algumas regrinhas básicas.
A harmonização com cervejas segue os mesmos princípios da utilizada com os vinhos: pratos pesados pedem rótulos encorpados, refeições leves variedades mais suaves.

O primeiro passo é conhecer os diferentes tipos de cerveja, classificadas em:
*Artesanais - feitas por empresas menores, com produção limitada.
*Especiais - marcas criadas por grandes produtores.
*Industriais - produzidas em larga escala.

Para identificar os sabores de uma cerveja - torrefação, café, cravo, pimenta, caramelo e chocolate são só alguns deles - e testar a harmonização com um determinado prato, entre uma garfada e outra, dê um gole de cerveja enquanto ainda tiver comida na boca (parece nojento, mas é assim mesmo! rs). Ao engolir, concentre-se e busque na língua os gostos que sobraram, tentando descobrir se são da cerveja ou do prato.

Cada tipo de cerveja ou chope pede um copo específico, seus formatos servem para concentrar o aroma, preservar a espuma, enfim, as características próprias da bebida.
É claro que não vamos deixar de apreciar uma variedade só por não termos o copo adequado, o importante é experimentar.

A espuma é essencial no chope, pois evita a oxidação e a evaporação de algumas substâncias, mantendo por mais tempo o sabor inicial. Na cerveja serve mais como um indicador de qualidade, quanto mais volumoso, cremoso e duradouro for o colarinho, melhor é a bebida.

A temperatura da bebida também deve ser observada, abaixo de 3°C as papilas gustativas amortecem e fica impossível sentir o sabor e o diferencial entre as cervejas, bem como a qualidade da sua matéria-prima. Lembrando, cada tipo de bebida tem uma temperatura própria para consumo.

Não me repreenda, mas faz parte do ritual, antes de encher o copo, deve-se colocar um pouco de cerveja, girar e despejar o líquido fora. Explicação: o copo também deve estar aclimatado.
Jamais pegue no meio da garrafa (é um pecado imperdoável!), sempre no gargalo, deixe o líquido cair lentamente no centro do copo, até a espuma se formar.

Agora, é só apreciar!

Excelentes vinhos italianos, da Italian Wines Selection, estarão no Encontro de Vinhos BH


São vinhos de diferentes regiões, escolhidos com cuidado e paixão pelo Giovanni Bacigalupo.
O Encontro de BH deve ter cerca de 200 rótulos para degustação.
Grandes importadores, produtores argentinos, brasileiros e vinhos de diversas regiões do planeta.
O Encontro de Vinhos BH acontece dia 14, no Hotel Mercure Lourdes, na Avenida do Contorno, 7315, das 14 às 22 horas.
http://www.mercure.com/pt/hotel-3575-mercure-belo-horizonte-lourdes-hotel/index.shtml

Os ingressos já podem ser comprados pelo site, com desconto: de 60 por 50 reais.
http://www.encontrodevinhos.com.br/venda-de-ingressos/
No dia da feira, os ingressos serão vendidos por 60 reais.
Sócios da ABS ou SBAV pagam metade: 30 reais.

Conversei com o enólogo da Rutini, Mariano de Paula.

Entre Nacho e Paco, estava Almudena.




Quem viveu o inverno de 1985 na Espanha sabe o que Almudena, Nacho e Paco passaram.
A neve tomou conta não só dos vinhedos, mas de cada rua da pequena Valdearcos de la Vega, na Ribera del Duero.
Almudena não tinha namorado.
Era lindíssima, mas era cheia de história.
Levava em banho maria Paco e Nacho.
Nacho era mais abusado e sempre saía na frente de Paco.
Paco era romântico e, enquanto estava indo, Nacho estava voltando.
Para ela tudo ía bem, era disputada e se achava (e realmente era) a única joia do lugar.
O frio era tão intenso que, a vinícola de Almudena, na época ainda longe dos avanços tencológicos, precisou de cuidados para que os vinhos não congelassem nas garrafas que repousavam.
Era incrível a dedicação de Paco e Nacho para que nada acontecesse de ruim com os vinhos ou com Almudena.
Nacho era alto, magro, olhos negros, costeleta até o meio do rosto e um olhar que fazia Almudena virar o rosto para não perder o controle.
Paco tinha 1,70m, mais pra gordo do que pra magro, olhos verdes escuros e muita simpatia.
Não existia gentileza que Paco ainda não tivesse feito para conquistar o coração de Almudena.
Todas as noites ela se encontrava com um ou outro, ou até com os dois.
Nacho trocava beijos e carícias, Paco trocava confissões, levava sempre um mimo e encantava Almudena com palavras doces e uma cultura fora do normal.
Os dois "rivais" até que se davam bem, na medida do possível, já que o interesse comum impedia troca de confidências e uma aproximação maior.
Em uma das noites mais frias da história da Espanha, Paco chegou com queijos, embutidos e uma caixa de chocolates.
A neve veio forte e Nacho não conseguia chegar.
A conversa fluiu, as taças brindavam quase que sozinhas e a lareira fazia um clima que as conversas de Paco, normalmente inocentes, desta vez eram mais quentes, o vinho fazia bem.
A música tocava suave, quando Paco resolveu olhar pra fora e ver a neve. Pensou em chamar Almudena, mas quando viu Nacho se aproximar à duras penas, se esquivando com seu corpo fino do vento e da neve, fechou a janela e aumentou o som.
Nem ele nem Almudena se incomodavam com a hora, com a neve ou com o som ainda alto.
Ele bem que escutava batidas na porta, mas aproveitava para falar alto também e dar risadas de histórias que acabara de inventar.
A noite foi inesquecível.
Pela manhã, ao sair pela adega, Paco apenas pulou o corpo de Nacho envolto em todo tipo de pano para fugir do frio.
Almudena tratou de fazer um café bem quente, oferecer a banheira para uma imersão e cuidar como podia de Nacho.
Mais tarde um telefonema de Almudena encerrou a disputa:
Paco, te quiero... gracias por darme la noche mas hermosa de mi vida...
Depois de uma gripe, que virou pneumonia, Nacho desculpou Paco, conheceu Vitória e os 4 se casaram no mesmo dia.
No verão, é claro.

Carta Aberta da Vinícola Aurora

Carta aberta da Vinícola Aurora à sociedade brasileira   No início do século passado, algumas famílias italianas cruzaram o Atlântico à pr...