Os primeiros a chamar mão de obra para a colheita 2009, são os produtores de Champagne e Beaujolais, como as colheitas são feitas exclusivamente a mão, estima-se que sejam necessárias 50 000 pessoas só para o Beaujolais. Os candidatos são estrangeiros ou curiosos. Todos os anos chagam milhares de desempregados, estudantes e até assalariados em férias que buscam melhorar a renda e limpar a mente com um trabalho duro, romântico e milenar. O presidente francês Nicolas Sarkozy criou o RSA, um sistema de inclusão social que ajuda os desempregados. A tradução da sigla é ingresso de solidariedade ativa. Estes desempregados ganham um complemento de renda do governo, um tipo de bolsa família, e agora muitos deles aumentam os ganhos com o trabalho temporário. Quem quiser se aventurar, saiba que dá dor nas costas, mas rende cerca de 70 euros por dia, mais alimentação e cama. Como as datas das colheitas variam de região para região, dá para quem tiver forças viajar o país colhendo uvas.
Os ricos e famosos que podem antecipar a aposentadoria gostam mesmo de fazer vinhos. Já citei algumas vezes alguns famosos que se dedicam ao vinho, mas a lista cresce a cada dia. Jean Alesi trocou a velocidade pela paciência. Pois é, precisa ter paciência para esperar a colheita, esperar o amadurecimento para enfim beber e vender o vinho. Os vinhos Hermitage (Côte du Rhône) de Alesi, já receberam por 4 colheitas, notas acima de 90 pontos de Robert Parker. O 2007 e o 2001 receberam 94.
Os vinhos são feitos de um assemblage de Grenache Syrah e Mourvedre em partes iguais. Todos descansam em barricas Seguin Moreau.
