quarta-feira, fevereiro 05, 2014

Chilen Wine Ambassador deve movimentar São Paulo com os melhores vinhos chilenos e grandes personalidades.


Será nos dias 1 e 2 de Abril, no Club SPAC, em Higienópolis, São Paulo.
O seminário é dirigido para todos os profissionais do vinho, com degustação de mais de 50 vinhos top do Chile.
Os sommeliers que participarem, passarão por um exame final, os 2 melhores serão premiados com uma viagem para o Chile, para conhecerem o que aprenderam na teoria.
Todos os inscritos receberão um cd com o curso, material impresso e 6 taças ISO, além, é claro, do diploma e do PIN com o logo do Chilean Wine Ambassadors.
Os vencedores, um homem e uma mulher, serão considerados Embaixador e Embaixatriz, recebem um PIN diferenciado.
Palestras com Pablo Morandé, Felipe Uribe, Renán Cancino, Mario Geisse, Marcelo Pino, Rafael Prieto e Ariel Perez.
Grandes vinhos do Chile, estarão na degustação.
Inscrições com o Cristobal Perez pelo e-mail vendas@terruares.com

Gaël Via Tudo, Anotava Tudo! - Conto



Gaël era muito observador. 
Seu pai era o melhor boulanger de Lyon, nem é preciso dizer que de tanto observar Gaël fazia pães como ninguém.
A faculdade de enologia foi bastante útil, mas nada comparável ao convívio ao lado de Michel nos vinhedos de Chateuneuf-du-pape. Com o tempo e os muitos afazeres de Michel, Gaël assumiu os trabalhos e o nível dos vinhos continuou lá em cima, tanto na crítica como nas vendas.
-Tudo observação, dizia ele.
Desde pequeno o maior hobby de Gaël era escutar conversas, observar os vizinhos, ver as pessoas trabalhando e saber como eram feitas as coisas.
Anotava tudo num caderninho, que virou uma verdadeira biblioteca de anotações. 
Só não era chamado de louco por ser reconhecido, admirado e em pouco tempo considerado um dos melhores enólogos da região.
Casou-se com Raphaelle, uma parisiense formada em filosofia que passava mais tempo na Sorbonne que em qualquer outro lugar. 
Nos finais de semana Gaël costumava ir para Paris, ficava com a esposa e tentava aproveitar o pouco que restou de seu casamento. Na ausência de Raphaelle (coisa bastante comum) Gaël corria para o aeroporto de Orly. 
Não era para voltar para Lyon e nem para ver aviões. Gaël gostava mesmo de ver as pessoas.
Com caderninho em punho, caneta e olhos bem abertos, Gaël focou num casal que se despedia. 
Chegou mais perto. 
Sentou a uma distância suficiente para ouvir as juras de amor. 
A caneta dançava mais que mestre sala na sapucaí!
Ela voltava pra casa depois de passar quase um mês com o namorado.
Ele francês, ela canadense.
O jeito de falar de Quebec atrapalhava as anotações, mas a emoção no rosto dos dois dispensava palavras.
Os olhos vermelhos do rapaz e as palavras doces da garota traduziam tudo.
É amor, pensou Gaël!
O sistema de som do aeroporto falou em última chamada e o olhar dos dois passou a ser de desespero.
Ela se afastou de uma forma como quem quer acabar com o sofrimento, mas ele não deixava. 
Puxou-a pelo braço.
Um abraço forte de desespero e tristeza durou segundos. 
Os dois se olharam. 
Calados.
Ela se afastou.
Enquanto ela seguia para o embarque o rapaz se agachou, colocou as mãos na cabeça. 
Chorava.
Ela desapareceu.
Gaël fechou o caderninho e enxugou as lágrimas. 
No dia seguinte foi ele que embarcou para Lyon pelo TGV. 
A despedida de Raphaelle era fria, em casa, sem emoção.
Talvez já haviam se despedido fazia tempo, não havia mais motivo para novas despedidas. 


Consumo de cerveja por país


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Carta aberta da Vinícola Aurora à sociedade brasileira   No início do século passado, algumas famílias italianas cruzaram o Atlântico à pr...