sexta-feira, julho 29, 2011
Mariana Alcoforado, Florbela Espanca, Reinaldo, Mirela...
Faltavam 18 dias para Reinaldo ir embora, 18 dias para deixar Mirela, talvez para sempre.
Talvez é só uma precaução contra o destino, mas a realidade é que Reinaldo pretendia ir embora para sempre e Mirela tinha pouca possibilidade de encontrá-lo de novo.
O brasileiro passou 8 anos em Portugal onde estudou agronomia, trabalhou em diversas vinícolas e o mais importante, conheceu a espanhola Mirela.
Mirela é morena, olhos verdes, cabelos castanhos escuros, linda!
É elétrica para falar, emenda um assunto no outro e isso fez com que Reinaldo aprendesse o espanhol em apenas uma semana.
É doce, sensível, amável, adorável.
Reinaldo não é tão perfeito assim, mas é competente no trabalho e apaixonado por Mirela.
Porque ele vai embora?
A crise fez com que o salário no país de origem para alguém com a experiência de Reinaldo se transformasse em algo muito mais interessante do que há 8 anos quando cruzou o atlântico para estudar e fazer vinhos.
Porque Mirela não vai com ele?
Ela bem que queria, mas não pode deixar a vinícola, nem o pai doente por uma aventura.
Ser dona de uma das vinícolas mais importantes do Alentejo e ficar a apenas 30 quilômetros da Espanha eram a alegria e a tristeza ao mesmo tempo.
Ver Reinaldo partir seria intolerável.
Os dois conseguiram uma solução para a despedida.
Reinaldo foi proibido de falar o dia e a hora da partida e os dois aproveitariam cada momento como se fosse o último.
Ao menos um não sofreria com o sofrimento do outro, o próprio sofrimento ja basta.
Naquele dia de primavera as cores do Alentejo estavam ainda mais fortes, o sol estava mais laranja, os vinhedos brilhavam com o reflexo do astro rei.
Reinaldo chegou, Mirela entrou no carro e os dois foram para o Porto Covo, uma bela praia do litoral alentejano.
Mirela aproveitou o caminho como combinado, comeram peixe, beberam ótimos vinhos, namoraram.
No terceiro dia Reinaldo mal conseguia disfarçar o incomodo, a sensação de culpa, o medo.
O quarto dia amanheceu claro, azul no céu e no mar.
Uma bela espreguiçada, o olhar para o lado, e???????
-Mirela, somos feitos para viver da melhor forma que conseguimos. Vivi os melhores anos da minha vida com você. Faço o caminho de volta como planejei desde que cheguei aqui. Obrigado pelo amor, pelo trabalho e pelo pedaço de vida que me dedicou.
A espanhola entrou em desespero, desceu, entrou no carro e voltou pra casa.
Parece que o Alentejo esta fadado a histórias como de Mariana Alcoforado(1) e Florbela Espanca(2)
A noite parecia mais de inverno que de primavera. O vento levava as flores amarelas e roxas que pintam o Alentejo, as janelas assobiavam e Mirela só pensava em Reinaldo.
Foram 45 dias de sofrimento puro.
Até que uma voz entrou pela fresta da porta: Mirela...
Com ar de superstar, os Douro Boys encantaram pela simpatia e qualidade dos vinhos
Com uma organização perfeita, agilidade no serviço de 22 vinhos, o encontro com os Douro Boys no Rubayat da Faria Lima, foi daqueles inesquecíveis. As lentes estavam viradas para os responsáveis pela produção de alguns dos maiores vinhos de Portugal.
Cristiano Van Zeller, Tomás Roquete, Francisco Olazabal e Francisco Ferreira e José Teles. Claro que o nome, as poses de superstars e o discurso bem ensaiado entre piadas e informações, são marketing puro.
Mas e os vinhos?
São excelentes!
Nem precisariam do marketing, mas é divertido, descontraído e ajuda ainda mais na promoção dos vinhos.
Dorli Muhr é responsável pelo marketing dos Douro Boys:
Os vinhos da prova eram de certa forma parecidos.
Vinhos da mesma região, das mesmas variedades e com o mesmo conceito de qualidade.
Vou destacar um de cada produtor.
Entre os Brancos a tarefa é dificílima. Os brancos do Douro são frescos, macios, bom corpo e elegantes demais.
Eu fico com o Crasto Branco 2010 que mostrou notas de pêra, maçã verde, flores e minerais.
Na boca tudo que eu disse acima.
Final longo.
O proprietário da Quinta do Crasto, é o Douro Boy, Tomás Roquete:
Dos vinhos da Quinta do Vale D. Maria, do Cristiano Van Zeller, destaco o CV Curriculum Vitae 2008.
No nariz tabaco, amora, cereja, violeta e alcatrão.
Na boca é concentrado, encorpado, tem taninos firmes e um longo final.
Cristiano van Zeller falou sobre os vinhos do Douro:
Da Quinta do Vale Meão destaco o próprio: Quinta do Vale Meão 2008.
Confesso que este eu não descartei. Bebi a taça inteira.
No nariz amora, mirtilo, cacau, café e chocolate.
Na boca elegante, macio, concentrado e jovem.
Sim, esse vinho deve ficar bom e melhorar muito pelos próximos 20 anos.
No final, que é quase eterno, notas de baunilha e cacau.
Francisco Olazabal falou dos vinhedos que já se trasnformaram no mítico Barca Velha e hoje se transformam no Quinta do Vale Meão:
Da Quinta do Vallado, destaco o vinho de entrada, o mais simples, que de simples não tem nada.
O Vallado Douro 2008 é elegante no nariz e na boca.
Cereja, cassis, framboesa, cacau e notas vegetais.
Na boca o equilíbrio é perfeito.
É aveludado e elegante.
O final é longo como deve ser.
João Ferreira, tetra neto da lendária Dona Ferreirinha, falou sobre a Quinta do Vallado no mercado brasileiro:
Da Niepoort o Charme 2007 faz jus ao nome.
Mas chega a deixar o nome pra trás.
O vinho vai muito além do charme.
No nariz notas de acerola, cereja, ameixa, tabaco, alcatrão, torrefação e café.
Na boca é picante, notas de pimenta preta, elegante, equilibrado, encorpado.
Vinho para fechar a prova.
Final muito longo.
José Teles contou um pouco da história da Niepoort:
Depois dele vieram vinhos do Porto Vintage 2007, 2008, 2009.
Excelentes e Muito jovens.
Cristiano Van Zeller, Tomás Roquete, Francisco Olazabal e Francisco Ferreira e José Teles. Claro que o nome, as poses de superstars e o discurso bem ensaiado entre piadas e informações, são marketing puro.
Mas e os vinhos?
São excelentes!
Nem precisariam do marketing, mas é divertido, descontraído e ajuda ainda mais na promoção dos vinhos.
Dorli Muhr é responsável pelo marketing dos Douro Boys:
Os vinhos da prova eram de certa forma parecidos.
Vinhos da mesma região, das mesmas variedades e com o mesmo conceito de qualidade.
Vou destacar um de cada produtor.
Entre os Brancos a tarefa é dificílima. Os brancos do Douro são frescos, macios, bom corpo e elegantes demais.
Eu fico com o Crasto Branco 2010 que mostrou notas de pêra, maçã verde, flores e minerais.
Na boca tudo que eu disse acima.
Final longo.
O proprietário da Quinta do Crasto, é o Douro Boy, Tomás Roquete:
Dos vinhos da Quinta do Vale D. Maria, do Cristiano Van Zeller, destaco o CV Curriculum Vitae 2008.
No nariz tabaco, amora, cereja, violeta e alcatrão.
Na boca é concentrado, encorpado, tem taninos firmes e um longo final.
Cristiano van Zeller falou sobre os vinhos do Douro:
Da Quinta do Vale Meão destaco o próprio: Quinta do Vale Meão 2008.
Confesso que este eu não descartei. Bebi a taça inteira.
No nariz amora, mirtilo, cacau, café e chocolate.
Na boca elegante, macio, concentrado e jovem.
Sim, esse vinho deve ficar bom e melhorar muito pelos próximos 20 anos.
No final, que é quase eterno, notas de baunilha e cacau.
Francisco Olazabal falou dos vinhedos que já se trasnformaram no mítico Barca Velha e hoje se transformam no Quinta do Vale Meão:
Da Quinta do Vallado, destaco o vinho de entrada, o mais simples, que de simples não tem nada.
O Vallado Douro 2008 é elegante no nariz e na boca.
Cereja, cassis, framboesa, cacau e notas vegetais.
Na boca o equilíbrio é perfeito.
É aveludado e elegante.
O final é longo como deve ser.
João Ferreira, tetra neto da lendária Dona Ferreirinha, falou sobre a Quinta do Vallado no mercado brasileiro:
Da Niepoort o Charme 2007 faz jus ao nome.
Mas chega a deixar o nome pra trás.
O vinho vai muito além do charme.
No nariz notas de acerola, cereja, ameixa, tabaco, alcatrão, torrefação e café.
Na boca é picante, notas de pimenta preta, elegante, equilibrado, encorpado.
Vinho para fechar a prova.
Final muito longo.
José Teles contou um pouco da história da Niepoort:
Depois dele vieram vinhos do Porto Vintage 2007, 2008, 2009.
Excelentes e Muito jovens.
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