Começamos como Serbal Chardonnay.
Um Chardonnay com estilo velho mundo. Não é pra menos, os donos da Atamisque são franceses e pelo jeito, adoram a Borgonha.
No nariz maçã, pera e frutas cítricas.
Na boca uma surpresa agradável para um vinho que não passou por barrica. Um ótimo equilíbrio, acidez impressionante. Um Chardonnay!
Para confundir mais ainda, Laura veio com o Catalpa Pinot Noir 2008.
40% do vinho descansou por um ano em barricas francesas.
No passeio pela sala de barricas vi que utilizam bastante a Taransaud, justamente a preferida do pessoal lá da Borgonha.
A cor dava um aviso breve: Sou um Pinot Noir!
No nariz geleia de framboesa, groselha e um sinal sútil de que a boa barrica estava lá.
Na boca a acidez típica da Pinot Noir.
Aí Laura explicou que os vinhedos estava a 1300 metros de altitude, tinham uma amplitude térmica muito grande.
Elegante, equilibrado e aveludado.
Um Pinot Noir para quem quer comprar um Pinot Noir.
Digo isso, pois existem bons vinhos elaborados com a Pinot Noir, mas que fogem das características da uva. Então, vamos às prateleiras esperamos uma coisa e encontramos outra. Nesse caso não. Típico e bom!
Claro que teríamos que terminar com o Malbec.
O Atamisque Malbec 2007 ficou 14 meses em barricas francesas novas eos vinhedos são velhos, cerca de 80 anos.
Com essa introdução partimos para o ataque.
Melhor dizer que partimos para a defesa, já que o ataque do vinho foi impressionante.
No nariz violeta, figo, amora, café, tabaco e chocolate.
Um super vinho!
Voltava ao novo mundo quando coloquei o vinho na boca e percebi a elegância francesa atacando mais uma vez.
Elegante, equilibrado e grande.
Vinho para envelhecer com classe. Final longo.
Não bastasse os vinhos demos de cara com as paisagens da Cordilheira dos Andes.
A vinícola fica num lugar privilegiado. As montanhas, os vinhedos e o silêncio de um lugar sem nada por perto.
Não era preciso encontrar ângulos, esconder coisas, mostrar outras, era apontara câmera e clicar.
O vulcão Tupungato tomava conta de tudo. As arvores em volta deram nomes aos vinhos e principalmente à vinícola. Atamisque é uma arvore, um tipo de arbusto, com pequenas flores amarelas.
Não bastasse o capricho da natureza, tinha também o capricho da vinícola. O telhado de pedras lembra o passado, mas era novinho em folha.
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