Fui ao Palácio do Bussaco, perto de onde viveu meu avô, onde vivem meus primos e onde visitei diversas vezes.
O Palácio é imponente, foi construído a partir de 1885 para os últimos reis de Portugal cercado por uma floresta de 105 hectares plantada e murada pela Ordem das Carmelitas Descalças.
O Palácio, de estilo neomanuelino hoje é um hotel e os vinhos produzidos por eles desde 1920 são conhecidos pela qualidade e imenso potencial de guarda.
Dentro do Palácio, os azulejos contam histórias dos descobrimentos portugueses.
Provei o Branco 2011 e o Tinto 2007.
Os brancos estão entre os mais longevos de que se tem notícia.
O crítico Hugh Johnson, em seu guia, sempre atribuiu aos vinhos pontuação máxima.
O Branco 2011 (elaborado com Encruzado, Maria Gomes e Bical) tinha aromas complexos, entre flores, jaca, ervas aromáticas, frutas cítricas e pão torrado.
Na boca o vinho é extremamente elegante, equilibrado com acidez perfeita, notas tostadas e um final extremamente longo.
Preço: 278 Reais o 2007 na www.mistral.com.br
Nota: 95/100
O Tinto 2007 (elaborado principalmente com a Baga e em alguns anos castas locais entram com pequenas parcelas no corte) é cheio de fruta, notas de amoras, framboesas, groselha, notas vegetais, café e couro.
Na boca os taninos são finos com textura granulada, vão na contra mão da fama da bairrada.
Vinho com boa acidez, equilíbrio e elegânte.
Final longo com notas de groselha.
Preço: 333 Reais o 2003 na www.mistral.com.br
Nota: 92/100
A Mistral é a única importadora do mundo que conseguiu importar os vinhos do Bussaco, que por tradição, só podem ser bebidos (e hoje em dia vendidos) no local.
Veja a entrevista que fiz com os funcionários do hotel Palace Bussaco durante minha visita surpresa.
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