quinta-feira, agosto 10, 2017

A uva rara César apareceu no evento do Wines of Chile







É legal quando uma variedade esquecida, que não se desenvolveu nem no seu país de origem, aparece no novo mundo.
A César, também chamada de Romain, é uma variedade da Borgonha, mais precisamente de Irancy (Yonne), onde aparece principalmente em cortes com a Pinot Noir.
Cortes que muitas vezes já estão nas parcelas, e o viticultor apenas colhe e vinifica junto com a Pinot seguindo o que as gerações anteriores faziam.
O nome da uva vem do nome do imperador romano, já que a variedade apareceu na borgonha, durante o domínio romano na Gália (nome romano do território francês).



Nos dias de hoje, alguns produtores de Saint-Bris-le-Vineux também produzem vinhos com a César sob a AOC Bourgogne Côte d'Auxerre.
É uma variedade rústica, com taninos duros e difícil como varietal.



O Sucesor Romano 2015, vinho apresentado no Wines of Chile, ontem em São Paulo, tinha boa intensidade aromática no nariz, tinha boa fruta também na boca, acidez correta, os taninos duros e rústicos, o que não impede que o vinho seja bem harmonizado com uma carne vermelha mais gordurosa.
A gordura e o tanino se dão muito bem.
Tinha boa persistência e acredito que possa envelhecer bem e evoluir pelos próximos 5 anos.
Tem 15% de Carignan no corte.
Vale lembrar que a Cepa País (Listan Prieto), que no início era bastante criticada, hoje dá bons vinhos.
Em análises de DNA, chegou-se a conclusão de que a César é um cruzamento natural da Pinot Noir e da Argant (também rara).
Interessante é saber como essa variedade chegou ao Chile.
O Felipe Ortiz, que vinificou o primeiro César (Romano) varietal do Chile, me falou sobre o desenvolvimento da variedade no país.



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