terça-feira, novembro 03, 2015

Vertical de 5 safras mostra a força do Quinta do Crasto Touriga Nacional



Eram 5 safras, assim como as outras 3 degustações especiais que comemoraram os 10 anos da Revista ADEGA.


Tomás Roquete, conduziu a degustação logo após a prova vertical dos Don Melchor e começou a apresentação elogiando os vinhos chilenos e se dizendo pressionado por vir lógo após.
Modéstia.
Os grandes vinhos do Douro estão sempre entre os melhores do mundo.
São vinhos grandiosos nas duas verticais.
Do Crasto foram as safras: 2004, 2006, 2010, 2011, 2012.
Todos 100% Touriga Nacional, a variedade mais ilustre de Portugal.



Começamos pelo 2004.
Um vinho de 11 anos.
18 meses em barrica de carvalho francês.
A cor não entrega a idade.
Cor rubi, concentrado, brilhante. Olhando com cuidado se percebe uma leve evolução na borda, mas nunca 11 anos.
No nariz é limpo, média intensidade aromática.
Notas florais, frutas vermelhas e negras e um toque floral.
Na boca é seco, bom corpo (médio+), taninos (médio+) mostram bem a cara, mas é uma cara de grãos finos e macios.
A acidez (média) não deixa o tanino secar a boca e dá o frescor esperado.
O sabor é intenso.
Notas de mirtilo, cereja preta, baunilha...
Final longo. Muito boa persistência.
Vinho em evolução, vale guardar mais uns 5 anos pra ver como está.
Nota: 93/100
Importadora Qualimpor



O 2006 estava ainda melhor.
No nariz boa intensidade aromática.
Notas de groselha, violeta, geleia de amora, chocolate.
Na boca é seco, tem bom corpo (médio+), tem taninos potentes e macios, com textura muito fina.
Sabor intenso de frutas negras, chocolate, cacau...
Tem 14,5% de álcool, mas muito bem integrado, não se percebe.
Tem bom equilíbrio, acidez e persistencia longa.
Vinho pra guardar.
Estava ainda fechado e jovem.
18 meses de barrica.
Nota: 94



O 2010 tinha mais intensidade aromática. Era mais exuberante.
Notas de cereja, violeta, baunilha, especiarias (curry)...
Na boca tem potência, corpo, taninos com o mesmo caráter de fineza e elegância.
Sabor intenso de amora, pimentão, chocolte... Uma festa!!!
Passou 16 meses em barrica francesa.
Final longo.
Vinho pra guardar.
Nota: 95



O 2011 é jovem demais.
No nariz estava ainda fechado, com tempo na taça apareceram aromas de frutas negras, cravo, violeta, lavanda...
Na boca é encorpado, seco, bons taninos (potentes e macios), boa acidez, 14,5% de álcool bem resolvido, sabor de frutas vermelhas e negras, cravo e leve chocolate.
Passou 16 meses em barricas francesas.
Vinho bastante jovem. Vai ficar ainda melhor se guardar.
Nota: 94


O 2012 fechou a degustação como se deve. Com chave de ouro.
No nariz tinha intensidade aromática muito boa.
É um vinho perfumado. Parecia que eu estava cheirando perfume.
Notas florais principalmente.
Depois frutas vermelhas maduras, cereja, framboesa, groselha...
Na boca é potente, seco, equilibrado em todos os quesitos: acidez, taninos, álcool (14%)...
Os aromas são intensos.
Amora, baunilha, chocolate, coco...
Um vinho muito persistente.
Jovem.
Nota: 96


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