sexta-feira, setembro 04, 2015

Em Belo Horizonte, um seminário pra lá de Top, explicou o Chile e a Carménère. Em 50 barricas...


Antes do Encontro de Vinhos Belo Horizonte, fui ao seminário do Rafael Prieto sobre os Carménères do Chile.



O Rafael é um cara com ideias brilhantes que consegue produzir vinhos fantásticos unindo cabeças iluminadas em torno das ideias.
Ele convida grandes enólogos que abraçam os projetos e elaboram vinhos de tirar o fôlego.
Só para lembrar de algumas dessas raridades, ficaram na memória as caixas dos Top Winemakers, onde cada enólogo elaborou a sua garrafa.



Lembro do 5x20 mulheres e o 5x20 homens.
5 grandes nomes enólogas entravam com 20% do corte do vinho final e 5 grandes enólogos faziam o mesmo no vinho dos homens.



Depois lembro do fantástico 100 barricas de Chile que conseguiu unir o país em torno de um vinho.
O Seminário tinha como finalidade mostrar o novo projeto: 50 Barricas Carménère.



Muito bem pensada a fórmula do seminário.
Sempre com o competente Ariel Perez, que é mais mago que o Valdívia (além de não se machucar nunca), no comando do serviço e de tudo que apareça pela frente.
Provamos vinhos de Carménère de todos os vales e terminamos com o Grande Vinho.
Era clara a diferença dos vinhos de cada vale e ficou claro qual a contribuição cada vinho deu no resultado final.


No nariz é um vinho limpo, com boa intensidade aromática (média+).
Notas de especiarias, amora, cereja, tabaco e as notas herbáceas típicas da variedade.
Na boca é seco, encorpado, taninos (médio+) com textura muito macia e granulada.
Acidez correta e equilibrada com os taninos (média+), sensação alcoólica pouco marcante (média), boa intensidade de sabor (média+) e boa persistência (média+).
Notas de frutas negras e especiarias, mas algum toque de chocolate amargo, que inclusive foi a sugestão de harmonização do Rafael Prieto, que imediatamente foi aceita e aprovada.
O vinho é jovem e mostra juventude.
Tem estrutura para envelhecer e crescer muito.
Quando as notas terciárias (de envelhecimento em garrafa) chegarem, o vinho deve crescer muito.
Já é muito bom para beber agora, mas deve melhorar em 10 anos.
Nota: 93/100
Espero que venham novos projetos e que a mente do Rafael continue brilhando.

Nenhum comentário:

Carta Aberta da Vinícola Aurora

Carta aberta da Vinícola Aurora à sociedade brasileira   No início do século passado, algumas famílias italianas cruzaram o Atlântico à pr...