quinta-feira, julho 31, 2014

A vez das alemãs - Cerveja, por: Ludmilla Fonttainha


Com a vitória da Alemanha na Copa do Mundo, nada melhor que aproveitar o acontecimento futebolístico para falar das famosas e consolidadas cervejas alemãs. Afinal, impossível falar deste país europeu sem lembrar da famosa Oktoberfest e da histórica Lei de Pureza da Cerveja.

Para falar dessas tradicionais cervejas alemãs, aquelas que quando mencionamos logo vem à cabeça mulheres com roupas típicas e canecas enormes cheias de chopp nas mãos, precisamos saber um pouquinho sobre o grupo Lager. E o que é uma cerveja Lager? Lager é um dos três grupos de cerveja que se diferem pela levedura que utilizam. Nelas, a fermentação é feita em baixa temperatura.

Alguns posts atrás eu mencionei a Reinheitsgebot, mas vale lembrar que é a Lei da Pureza, segundo a qual só era permitido fabricar cerveja com malte de cevada, lúpulo e água. Só tempos mais tarde foi aprovado o uso de trigo maltado, assim como o uso de levedura – daí surgiram as também famosas cervejas de trigo da escola alemã, as Weissbier. A lembrança é só para situar que foi desta Lei que surgiram as cervejas tipicamente alemãs.

Portanto, as tradicionais cervejas alemãs – exclua as de trigo - estão no grupo das Lagers e pode-se dizer que são bebidas menos complexas, onde é possível notar a presença do malte – com o aroma de grão, e o amargor no final, trazido pelo lúpulo. Nelas, não se usa nenhum outro ingrediente marcante. E lembrando que tanto essas duas bases – malte e lúpulo - podem variar de moderado a forte, dependendo do subestilo e da própria receita. Isso significa que quem for visitar a Alemanha, vai se esbaldar basicamente neste estilo de cerveja. Que é, sem dúvida, uma ótima opção para matar a sede e harmonizar com quase todos os tipos de petiscos. Por sinal, as lagers são consideradas coringas no quesito harmonização.

E como não pode deixar de ser: ein prosit!

Ludmilla Fonttainha é jornalista, produtora de televisão, integrante da Confraria Feminina de Cerveja (Confece) e beer sommelier. Uma apaixonada por este caminho sem volta, que é a apreciação da cerveja artesanal!

Nenhum comentário:

Carta Aberta da Vinícola Aurora

Carta aberta da Vinícola Aurora à sociedade brasileira   No início do século passado, algumas famílias italianas cruzaram o Atlântico à pr...