quarta-feira, janeiro 29, 2014

Entrevistei o Breno Raigorodsky - Um expert que resolveu importar vinhos. Paixão pura!!!


O Breno se formou em filosofia na USP, passou por universidades europeias, estudou cinema, trabalhou em grandes agências de publicidade e é um especialista em vinhos.
Um cara que tem muitas histórias pra contar.
A foto acima foi tirada na entrevista que ele deu no programa provocações do Abujamra.



Breno, há quanto tempo você trabalha com vinhos, provando, escrevendo, fazendo eventos como o wine in?
Beto, trabalho com vinho desde que me desliguei da Portfólio Comunicação, onde detinha 47,5% das ações até setembro de 2006. Me desliguei em parte, porque já escrevia criticando restaurantes, propondo enoturismo, participando de degustações e não conseguia mais conciliar agência e esta nova fase da minha vida.

Como surgiu a ideia de importar vinhos?
Importar vinhos é uma ideia que me persegue desde que viajo, conheço uma vinícola que me encanta, com vinhos que não chegam ao Brasil. Tenho paixões deste tipo no Chile, no Piemonte, no Rhone e no Toro.

Os vinhos são de que região?
A Quinta dos Termos, minha primeira importação, é da Beira Interior, Portugal, no lado sul da Serra da Estrela, bem próximo da fronteira com a Espanha.

Imagino que os vinhos devem ter te conquistado e por isso, resolveu compartilhar esta descoberta, certo?
Exatamente. Na Expovinis do ano passado, lá estava a barraquinha do expositor a servir seus vinhos, quando disse-lhe que só me interessavam vinhos exóticos, àquela altura da Feira, quando já tinha dado um giro geral e degustado nem sei quantos vinhos diversos. Ele me serviu este Talhão da Serra, 100% Rufete… Amor ao primeiro gole!

Quantos rótulos você trouxe?
Quatro. O próprio Talhão da Serra, dois vinhos de cortes típicos autóctones, o Forja do Ferreiro e o Quinta dos Termos DOC com uvas como Jaen e Marufo, além do Rufete, Touriga Nacional e Tinta Roriz, finalizando com um 100% Syrah, o Reserva do Patrão.

Como são estes vinhos e pra que tipo de ocasião você indicaria?
Talhão da Serra é diferente dos outros, é feito com esta Rufete, uma uva em decadência em Portugal, hoje ocupa menos de 0,1% do território nacional voltado à vitivinicultura. É um vinho tratado a "pão de ló", ou seja, depois da malolática, estágio de um ano em barris Allier tosta fina, primeiro uso, por um ano completo, além de dois anos de descanso em garrafa antes da comercialização. O mesmo tratamento que recebe o Reserva do Patrão. Os outros dois são bem mais simples, passam por um leve processo de "madeiração" via inserção de chip de madeira (ninguém é perfeito!), que lhes confere um lugar de destaque numa faixa de mercado de entrada. O Forja do Ferreiro é feito com uvas da região, reunidas em cooperativa, colhidas a 10 toneladas por hectare. Já o Quinta dos Termos DOC é feito de uvas plantadas na Quinta, colhidas a 06 toneladas por hectare.  

Quais os preços dos vinhos?
Forja do Ferreiro vai ser comercializado numa faixa entre R$30,00 e R$40,00 para o consumidor final. O Quinta dos Termos DOC de R$37,00 a R$50,00. Os outros dois, Reserva do Patrão e Talhão da Serra, muito mais pretensiosos e custosos em sua elaboração, serão vendidos acima dos R$100,00/ R$120,00 para o consumidor.

Como encontrá-los?
Em princípio, nas lojas do ramo e em restaurantes, em São Paulo. Estamos em negociação com várias lojas e restaurantes neste momento, por isso ainda não posso responder de modo definitivo. Mas meu e-mail pode ser um bom caminho -  brenoraigo@gmail.com
 
Qual o nome da importadora?

É a Galeria dos Vinhos, uma empresa do Leandro Chicarelli, velho amigo e experiente importador, além de distribuidor de vinho, responsável por tantos produtos de sucesso neste nosso mercado tão competitivo, entre outros, os italianos Dante, os provençais Ondines, os argentinos do Mauricio Lorca, os chilenos Promesa e Sutil.

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