quinta-feira, janeiro 30, 2014

Blogando sobre cerveja: primeira aventura veronil - Por Ludmilla Fonttainha


Falar sobre cerveja não é chato, muito menos trabalhoso. 
Chego a dizer que é, no mínimo, um pouco sacrificante. 
Porque bom mesmo é escrever e ler  degustando, ao mesmo tempo, para se ter certeza da informação. 
E digo isso de maneira profissional: relatar ou imaginar sensações, puxar na memória aromas, sabores e cores é sempre menos real. 
E, inevitavelmente,  dá água na boca!
Como estamos em pleno verão – e que verão! – no Brasil, escolhi começar minhas postagens com um estilo que está, sem sombra de dúvidas, entre os meus preferidos: a witbier.  
Mas por que a escolha dela para esta estação do ano? Porque é uma cerveja leve e refrescante, ideal para os dias quentes que estamos vivendo de norte a sul no país.  
Criado na Bélgica, a witte, white, blanche ou witbier, é uma cerveja de trigo – como as Weiss, porém, acrescida de outros ingredientes, que modificam o sabor, o aroma e o corpo da bebida. 
Esta cerveja de trigo da escola belga é bem clara e sempre vai apresentar aromas adocicados e cítricos, podendo ser identificado, por exemplo, mel, baunilha e laranja. 
Para conseguir a refrescância, que é uma característica marcante do estilo, os produtores acrescentam semente de coentro – que traz um sabor completamente diferente da folha usada como tempero. 
Também são colocadas na receita cascas de frutas cítricas, como laranja, mexerica, limão siciliano, etc. 
Aí, vai do gosto e criatividade do mestre cervejeiro!
Para acompanhar, sugiro petiscos leves, com sabores também cítricos: aí podemos criar uma harmonização por semelhança. 
Que tal uma bruschetta de tomate com raspas de limão siciliano? Ou, para os mais ousados, podemos criar um contraste no paladar: uma wit com um bolo de chocolate. 
Na verdade, harmonizar cervejas com pratos dá pano pra manga! Prometo abordar, com calma, esse outro tema ao longo dos posts....
O importante mesmo é sentir a cerveja e como este grande e vasto universo pode ser desvendado!
E como não pode deixar de ser: ein prosit!


Ludmilla Fonttainha é jornalista, produtora de televisão, integrante da Confraria Feminina de Cerveja (Confece) e beer sommelier. Uma apaixonada por este caminho sem volta, que é a apreciação da cerveja artesanal!

2 comentários:

Johnnie Lustoza disse...

É isso aí Lud, cerveja é um caminho sem volta mesmo. Parabéns pelas sábias palavras. Grande abraço.

Jana Cruz disse...

Boa dica Lud! Deu água na boca, vou experimentar.

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