John acabara de pegar as malas na esteira do aeroporto Charles
de Gaule quando deu de cara com Marieta.
Ele tem uns vinte e poucos anos.
Cavanhaques modernosos, brincos que alargam o furo da orelha, cabelos
claros, olhos claros e magro.
Americano de San Diego.
Marieta é colombiana,
cabelos negros, olhos azuis, alta, magra (sem exagero), Linda!
Os dois se olharam e logo seguiram para o desembarque.
Cada um entrou em um
vagão e seguiram de RER (trem que liga a periferia ao centro de Paris) até a
Gare de Lyon.
Quando desceram quase se esbarraram, se olharam outra vez e
seguiram caminho.
Na fila do TGV lá estavam eles.
Cada um comprou o seu bilhete
e esperavam o trem.
Neste momento John já ensaiava uma conversa.
Marieta pegou
o seu bilhete e seguiu para a plataforma.
Quando entrou no trem que partiria
para Dijon viu que na poltrona ao lado estava o rapaz do aeroporto, do RER, da
estação e agora também do trem.
Se a timidez não deixou que conversassem antes
agora o destino tinha se encarregado do assunto.
Nome, de onde vinham e o que
fariam em Dijon?
A mesma coisa, John e Marieta eram apaixonados por vinhos e vinham participar
de uma colheita na Côte D´Or.
O assunto fez a viagem de uma hora parecer 10 minutos, os dois queriam falar,
queriam aproveitar a oportunidade e trocaram telefones.
Na hora de descer do trem uma Van do Domaine esperava por John.
Ele se despediu
e seguiu na frente.
Quando chegou o rapaz da Van disse: "Só falta uma
garota, uma colombiana!"
John ria sem saber se de alegria ou de graça mesmo.
Saiu da Van e disse:
"Só um minuto e trago essa colombiana aqui!"
Seguiram na Van, nos alojamentos, no trabalho nas refeições, nos vinhos e
acredite: Na vida.
John se tornou enólogo e voltou para os Estados Unidos, Marieta recebe os
turistas e trabalha na mesma vinícola que John, em Napa Valley.
Ainda não se casaram, Marieta com um olhar maroto sempre diz: "No hace
falta!!!"
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