Sabe o que é exportar para mais de 90 países?
É ter um caminhão esperando na porta da vinícola a cada 4 dias.
Nos outros dias, os caminhões são para o principal mercado, que é o mercado interno.
Com números tão grandes eles ainda conseguem o mais importante, manter a qualidade.
Conversei com o Gianluca Carbone, responsável pela exportação para a América Latina, Canadá e Escandinávia, e a explicação foi simples: "Podemos produzir 3 vezes mais, mas produzimos apenas o possível para manter a qualidade."
Provei 7 vinhos da vinícola e pude comprovar o que disse Gianluca.
Todos bem feitos.
Alguns simples, outros melhores e dois fora de série.
Comecei pelo Castello di Pomino Bianco 2009.
Um corte de Chardonnay e Pinot Bianco.
25% do vinho foi fermentado em barricas e depois da fermentação todo o vinho passou 3 meses descansando em barricas francesas.
O resultado é um vinho com boa fruta, a madeira aparece bem discreta.
No nariz notas de pêra e maçã verde.
Na boca o vinho é bastante mineral. Me lembrou um Chablis.
O vinho é salgado, bastante mineral.
O equilíbrio é perfeito e embora seja um vinho simples, sem grande complexidade, é um vinho elegante, delicado.
Foi bem acompanhado de um Carpaccio de Salmão saído diretamente da cozinha (que poderia ser um atelier) da Vinheria Percussi.
Aliás os pratos estavam excelentes, mas essa foi a única harmonização, os outros foram atropelados pelos vinhos.
Tem um bom final e o preço também é justo: 89 reais.
Essa foi a seleção de Tintos, não está em ordem, mas eu explico.
O Pater (primeiro da direita) é um vinho bem feito, vale o preço e cumpre bem o papel da linha de entrada. O Pater é um IGT de Sangiovese 100%, custa 75 reais.
O Nipozzano Riserva Chianti Rufina é um bom exemplo dos Rufina.
Mais elegante que a média dos Chiantis, notas de frutas negras, cereja e baunilha.
Macio e longo.
É o segundo da direita pra esquerda e custa 115 reais.
O terceiro da esquerda pra direita, é o Tenuta de Castiglioni.
Vinho que mostra logo os aromas de frutas do bosque, terra, cereja e especiarias.
Na boca o vinho é encorpado, macio e tem ótima acidez.
No final, que é longo, notas de baunilha.
Custa 159 reais.
O Brunello di Montalcino Castel Giocondo, é um dos Brunellos que todo o enófilo deve provar um dia.
Se dentro de 100 anos, resolverem autorizar as castas internacionais e os Brunellos puros desaparecerem, esse é um dos que devem estar na Arca de Noé.
Não que seja o melhor Brunello do mundo, mas por ser tradicional, por ser característico e por ser de uma família que está 700 anos produzindo vinhos na mesma região.
O vinho 2006, estava fechado.
Com tempo na taça os aromas de amora, mirtilo, tabaco e baunilha apareceram.
Claro que com mais tempo em garrafa vão aparecer outros aromas.
Na boca é elegante e macio, como poucos brunelos jovens conseguem ser.
É longo. Tinha que ser!
Custa 290 reais na Ravin.
Falei da autorização das castas internacionais por causa de uma votação que aconteceu há cerca de 2 meses, que pretendia permiti-laspara o Rosso di Montalcino, talvez uma escada para permitirem também nos Brunellos.
Isso depois de um escândalo por causa de Brunellos batizados com Merlot feitos principalmente visando o mercado norte americano.
Perguntei sobre isso a Gianluca e ele me disse que apesar da votação importante de 31% para os que querem a mudança, isso jamais vai acontecer e claro que o nome Frescobaldi esta ao lado da tradição.
Ele explicou que os produtores que votaram a favor da mudança, além de procurar um vinho mais comercial, procuram depender menos a Sangiovese, que é uma variedade difícil de cultivar.
Chegou a hora de falar dos fora de série.
O Luce 2006 é o top!
É o quarto da esquerda pra direita (na foto).
É da vinicola Luce della Vite.
Uma sociedade com os californianos Robert Mondavi.
É exatamente o que os 31% dos votantes do consórcio queriam: 45% Sangiovese e 55% Merlot.
Tudo isso, dentro da tradicional DOCG de Montalcino.
É um IGT, portanto podem utilizar a variedade francesa e fazer o vinho mais pronto e macio, como o mercado gosta.
O Vinho recebeu 94 pontos da Wine Spectator.
Passou 18 meses em barricas francesas.
Tem muita fruta no nariz e na boca.
Com tempo na taça aparecem as notas de especiarias e chocolate.
Na boca é extremamente macio e equilibrado e elegante como poucos vinhos conseguem ser.
Longo e surpreendente!
Dizer que tem 15% de álcool pode parecer piada.
O vinho é tão equilibrado que não sobra nada.
Custa 690 reais.
Deixei pro final o meu favorito.
O Mormoreto IGT 2008 é potência, complexidade, elegância...
É o primeiro da esquerda pra direita (na foto)
No nariz cacau, tabaco, violeta, chocolate...
Na boca é encorpado, aveludado, suculento.
Vinho para mastigar.
Tem 14,5% de álcool, mas assim como o Luce, não se sente uma pontinha.
É um vinho como poucos.
Como grandes vinhos.
Elaborado com variedades francesas: 60% Cabernet Sauvignon, 25% Merlot, 12% Cabernet Franc e 3% Petit Verdot.
Custa 390 reais.
Todos os vinhos são importados pela Ravin www.ravin.com.br
É ter um caminhão esperando na porta da vinícola a cada 4 dias.
Nos outros dias, os caminhões são para o principal mercado, que é o mercado interno.
Com números tão grandes eles ainda conseguem o mais importante, manter a qualidade.
Conversei com o Gianluca Carbone, responsável pela exportação para a América Latina, Canadá e Escandinávia, e a explicação foi simples: "Podemos produzir 3 vezes mais, mas produzimos apenas o possível para manter a qualidade."
Provei 7 vinhos da vinícola e pude comprovar o que disse Gianluca.
Todos bem feitos.
Alguns simples, outros melhores e dois fora de série.
Comecei pelo Castello di Pomino Bianco 2009.
Um corte de Chardonnay e Pinot Bianco.
25% do vinho foi fermentado em barricas e depois da fermentação todo o vinho passou 3 meses descansando em barricas francesas.
O resultado é um vinho com boa fruta, a madeira aparece bem discreta.
No nariz notas de pêra e maçã verde.
Na boca o vinho é bastante mineral. Me lembrou um Chablis.
O vinho é salgado, bastante mineral.
O equilíbrio é perfeito e embora seja um vinho simples, sem grande complexidade, é um vinho elegante, delicado.
Foi bem acompanhado de um Carpaccio de Salmão saído diretamente da cozinha (que poderia ser um atelier) da Vinheria Percussi.
Aliás os pratos estavam excelentes, mas essa foi a única harmonização, os outros foram atropelados pelos vinhos.
Tem um bom final e o preço também é justo: 89 reais.
Essa foi a seleção de Tintos, não está em ordem, mas eu explico.
O Pater (primeiro da direita) é um vinho bem feito, vale o preço e cumpre bem o papel da linha de entrada. O Pater é um IGT de Sangiovese 100%, custa 75 reais.
O Nipozzano Riserva Chianti Rufina é um bom exemplo dos Rufina.
Mais elegante que a média dos Chiantis, notas de frutas negras, cereja e baunilha.
Macio e longo.
É o segundo da direita pra esquerda e custa 115 reais.
O terceiro da esquerda pra direita, é o Tenuta de Castiglioni.
Vinho que mostra logo os aromas de frutas do bosque, terra, cereja e especiarias.
Na boca o vinho é encorpado, macio e tem ótima acidez.
No final, que é longo, notas de baunilha.
Custa 159 reais.
O Brunello di Montalcino Castel Giocondo, é um dos Brunellos que todo o enófilo deve provar um dia.
Se dentro de 100 anos, resolverem autorizar as castas internacionais e os Brunellos puros desaparecerem, esse é um dos que devem estar na Arca de Noé.
Não que seja o melhor Brunello do mundo, mas por ser tradicional, por ser característico e por ser de uma família que está 700 anos produzindo vinhos na mesma região.
O vinho 2006, estava fechado.
Com tempo na taça os aromas de amora, mirtilo, tabaco e baunilha apareceram.
Claro que com mais tempo em garrafa vão aparecer outros aromas.
Na boca é elegante e macio, como poucos brunelos jovens conseguem ser.
É longo. Tinha que ser!
Custa 290 reais na Ravin.
Falei da autorização das castas internacionais por causa de uma votação que aconteceu há cerca de 2 meses, que pretendia permiti-laspara o Rosso di Montalcino, talvez uma escada para permitirem também nos Brunellos.
Isso depois de um escândalo por causa de Brunellos batizados com Merlot feitos principalmente visando o mercado norte americano.
Perguntei sobre isso a Gianluca e ele me disse que apesar da votação importante de 31% para os que querem a mudança, isso jamais vai acontecer e claro que o nome Frescobaldi esta ao lado da tradição.
Ele explicou que os produtores que votaram a favor da mudança, além de procurar um vinho mais comercial, procuram depender menos a Sangiovese, que é uma variedade difícil de cultivar.
Chegou a hora de falar dos fora de série.
O Luce 2006 é o top!
É o quarto da esquerda pra direita (na foto).
É da vinicola Luce della Vite.
Uma sociedade com os californianos Robert Mondavi.
É exatamente o que os 31% dos votantes do consórcio queriam: 45% Sangiovese e 55% Merlot.
Tudo isso, dentro da tradicional DOCG de Montalcino.
É um IGT, portanto podem utilizar a variedade francesa e fazer o vinho mais pronto e macio, como o mercado gosta.
O Vinho recebeu 94 pontos da Wine Spectator.
Passou 18 meses em barricas francesas.
Tem muita fruta no nariz e na boca.
Com tempo na taça aparecem as notas de especiarias e chocolate.
Na boca é extremamente macio e equilibrado e elegante como poucos vinhos conseguem ser.
Longo e surpreendente!
Dizer que tem 15% de álcool pode parecer piada.
O vinho é tão equilibrado que não sobra nada.
Custa 690 reais.
Deixei pro final o meu favorito.
O Mormoreto IGT 2008 é potência, complexidade, elegância...
É o primeiro da esquerda pra direita (na foto)
No nariz cacau, tabaco, violeta, chocolate...
Na boca é encorpado, aveludado, suculento.
Vinho para mastigar.
Tem 14,5% de álcool, mas assim como o Luce, não se sente uma pontinha.
É um vinho como poucos.
Como grandes vinhos.
Elaborado com variedades francesas: 60% Cabernet Sauvignon, 25% Merlot, 12% Cabernet Franc e 3% Petit Verdot.
Custa 390 reais.
Todos os vinhos são importados pela Ravin www.ravin.com.br
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