Enquanto a turma de Brasília tenta anistiar desmatadores, e nos Estados Unidos a pressão de economistas não permite que se discuta a diminuição da emissão de gazes poluentes, quem vive na terra e da terra sente o drama da reação da natureza.
O calor que dura mais de um mês na França, aumentou a rapidez do desenvolvimento das vinhas.
A floração aconteceu com uma antecedência de 3 semanas em diversas appellations. Mais surpreendente ainda é que o desenvolvimento e o calor, foram ainda maiores na parte norte do país, mas atingindo também Bordeaux.
Na Champagne já se fala numa colheita de final de Agosto, caso a onda de calor prossiga.
Em Bordeaux a preocupação é com a possibilidade de um estresse hídrico que poderá bloquear o desenvolvimento das plantas.
Em condições normais, esse calor pode aumentar a concentração de açúcar, que aumentaria o teor alcoólico e que se persistir por alguns anos, engrossar as cascas das uvas (uma proteção natural contra o calor), numa mutação genética que daria muito mais potência aos vinhos e extinguiria o estilo elegante que serve de referência para todos os produtores de vinho do mundo inteiro.
Hipóteses assustadoras.
Por enquanto são hipóteses.
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