Nesse mundo do vinho as brincadeiras sempre acabam, nele, no vinho.
Desde que o Marcelo Di Morais começou a usar uma bata preta, que segundo ele, foi desenhada pelo Ricardo Almeida, todos comentaram o estilo Tim Maia com a língua presa do Cazuza.
Quando a brincadeira partiu para uma comparação do estilo aristocrático da gravata borboleta do Didú Russo, a Abflug lançou logo um desafio: Venham provar nossos vinhos e decidir quem leva a melhor, a gravata do Didú ou a bata do Marcelão!
10 a zero para o Didú!
Mostrou que aquela gravata borboleta cabe bem naquele pescoço. Chegou homenageando o adversário com uma bata azul (no horário combinado) e ainda deixou uma gravata borboleta de presente para o Marcelão.
Marcelo di Morais como sempre chegou atrasado, sem a bata e com um caminhão de desculpas na ponta da língua.
Nem a gravata borboleta soube colocar.
Perdeu feio!
Quem não entrou no jogo para perder foi a Abflug.
Com simpatia, simplicidade, mesa de frios e vinhos.
O australiano Yelow Tail 2009, entraria em qualquer lista que levasse em conta a relação preço/qualidade.
35 reais!
No nariz cereja, especiarias, mentolado...
Na boca um vinho muito macio, fresco, corpo médio e equilíbrio.
O final é de média persistência.
Provamos os chilenos El Descanso e o português Portas de Lisboa, que também oferecem um preço incrível, menos de 30 reais.
Para terminar entramos na linha Perez Cruz e a coisa ficou séria.
O Limited Edition Carménère 2008 tem notas de terra, cereja, ameixa, é macio, equilibrado, final longo e frutado.
O Cot (nome francês da Malbec) 2008, é extravagante.
Frutas vermelhas maduras, violeta, especiarias.
Na boca, outro vinho macio, elegante, bem equilibrado.
Final longo.
O Syrah foi o meu preferido!
Notas de pimenta branca, canela, amora, mentolado e tabaco.
Na boca as notas de amora e especiarias se repetem.
O vinho é equilibrado e tem um final longo.
Toda a linha Limited Edition custa 95 reais.
O Liguai já está em um degrau onde só os grandes vinhos alcançam.
Degrau do grupo seleto dos que merecem 90 pontos ou mais.
É um corte de Syrah, Cabernet Sauvignon e Carménère.
Passou 16 mêses em barrica francêsa.
Notas de goiaba, amora, café, defumado e chocolate.
Na boca é intenso, encorpado, elegante e equilibrado.
O final é muito longo e a expectativa é que o vinho melhore na garrafa. Diria que é um vinho para guardar por 10 anos.
Encerramos com o top da vinícola.
O Quelen Special Selection 2006 foi elaborado com 44,4% de Petit Verdot, 29,7% de Carménère, e 25,9% de Cot (Malbec).
Passou 14 meses em barricas francêsas.
No nariz frutas vermelhas, amora, canela, terra, caramelo, tabaco e toques minerais.
Na boca os taninos são finos e elegantes. Vinho para longa guarda.
Final longo.
Nota 1000 para a abflug e 10 para a gravata borboleta e para a bata do Didú!
Zero para o Marcelão e para a bata que ninguém viu!
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