A essa altura já sabíamos que a Zuccardi tem vinhedos em La Consulta (a 1100 metros), em Maipú (a 700 metros), em Santa Rosa (a 650 metros), em Altamira, e Vista Flores (980 Metros).
Soubemos também que a vinícola que produz Zuccardi e Santa Julia, vai se dividir e cada vinícola passa a produzir uma linha separadamente.
Já havia encontrado Alberto Zuccardi em São Paulo, mas dessa vez foi diferente. Ele estava lá por nossa causa. Estava para dar palavras finais na degustação via Twitter organizada pelo Daniel Perches e pelo Alexandre Frias pelo http://www.winebar.com.br/
O que mais impressionou é que este jovem e simpático senhor, estava há menos de 24 horas, com a presidente do país, recebendo a notícia de que o vinho se tornava a bebida oficial da Argentina.
Eu acompanhei a entrevista ao vivo na tv, acompanhei mais uma vez a sabedoria e simplicidade deste grande homem.
Uma frase de José Alberto Zuccardi foi especial: "O vinho não é uma bebida alcoólica. É um alimento que contem álcool."
A Zuccardi é a maior vinícola familiar da Argentina, talvez a maior com capital 100% argentino.
A Casa do Visitante, onde fizemos a degustação, tem um restaurante maravilhoso, vinhos de diversas safras e simplicidade, simpatia.
Chega a assustar a simplicidade da família.
De tão verdadeira que é!
Nada é falso ali!
Os vinhos cumprem o que prometem desde o mais barato até o mais caro.
A família anda por lá não deixando que nenhum detalhe fique fora do lugar.
Provamos 3 vinhos junto com nossos amigos brasileiros via Twitter. No dia seguinte voltamos e filmamos tudo. Os vídeos você vai ver em breve.
O primeiro vinho provado na degustação foi o série A Bonarda.
Um vinho com A de Argentina, A de Alberto.
O vinho tem boa estrutura e corpo. Notas de frutas cassis, cereja e especiarias. Na boca tem boa acidez e um final bastante agradável e longo.
Passamos para o Q Cabernet Sauvignon;
No nariz cereja, amora, especiarias, pimentão, tostado.
Na boca é potente e elegante. Notas de chocolate e tabaco.
Final longo.
Elaborado com uvas de Tupungato (1250 metros) e La Consulta (1100 metros).
Terminamos com o Z (Zeta) de Zuccardi, é claro.
O principal vinho da Bodega, o ícone.
64% Malbec e 36% Tempranillo.
Madeira e fruta bem integrada.
O Malbec passou por carvalho francês e a Tempranillo por carvalho americano. Parece ter sido boa a escolha!
No nariz as frutas negras dominam. Depois aparece um toque vegetal, notas de chocolate e café.
Na boca tem o peso dos grandes vinhos. Equilibrado, notas de pimenta e tostado.
O final é bastante longo.
Dessa vez não falei as safras de propósito. Só serviriam para saber da evolução do vinho. Fiz isso depois de ouvir de diversos argentinos que Mendoza não é lugar de variações de safras. Todas as safras, ou mais de 90% são boas. O granizo que teima em cair algumas vezes, só atinge os produtores mais pobres que não cobrem as plantas com uma tela protetora que garante a colheita.
Tecnologia!
No fim cheguei a conclusão que os vinhos são como a família Zuccardi. Conseguem ser imponentes, grandes e importantes, sem deixar de ser simples, verdadeiros e pequenos (na estatura é claro).
Se um dia ver Alberto ao lado da Rainha da Inglaterra, não se impressione, no dia seguinte pode estar com as mãos na terra de Mendoza.
Viajamos com o apoio da Mendoza Holidays http://www.mendozaholidays.com/
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