Destes vinhedos bem cuidados foram colhidas manualmente as uvas para o Rastro dos Pampas premium 2009.
Os vinhedos ficam pertinho do Uruguai, pertinho de Bagé, em Don Pedrito.
As mudas foram importadas da Itália e plantadas em 2002. São vinhedos próprios, mas a família ainda está construindo sua vinícola. O Rastros do Pampa 2009, foi produzido em parceria com o EMBRAPA, com as uvas transportadas no mesmo dia da vinificação em caminhão frigorífico.
Provei o vinho e tive mais uma surpresa agradável made in Brasil.
A cor rubi, os aromas de amora, ameixa, cereja e azeitona enchem o nariz e um toque bem discreto de baunilha.
O vinho estagiou apenas 2 meses em barricas de carvalho francês (allier) novo, primeiro uso e tosta média.
Na boca os taninos são macios e aveludados. O equilíbrio e o frescor lembram vinhos sem madeira produzidos no sul da França.
O final é longo e mais uma vez com um frescor surpreendente.
Conversei com a Gabriela Pötter, que com sua formação em engenharia agrônoma e mestrado em ciência e tecnologia em alimentos, elabora com amor os vinhos da propriedade da família.
Gabriela me contou que o terroir da região é muito bom. As chuvas no verão são quase inexistentes (no ano de 2009 por exemplo não houve), muitas vezes chove na vizinhança, mas lá não cai uma gota.
São vizinhos do Uruguai e cultivam além da Cabernet Sauvignon, Tannat, Merlot, Tempranillo, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Gewurztraminer e recentemente plantaram um pouco de Pinot Noir para um espumante que está em gestação.
Infelizmente o vinho ainda não é vendido pelo país afora.
Consegui esta garrafa por essas coincidências boas que acontecem.
Gabriela estava na Expovinis, encontrou meus amigos Claude e Isabel Fonquerle do Languedoc, os dois provaram comigo. Gostaram muito e eu também.
Custa 22 reais lá no Sul e custaria de 30 a 32 em São Paulo, por exemplo. Um super preço!
Os vinhos são produzidos pela Estância Guatambu, uma propriedade rural cinquentenária que cria gados das raças Hereford e Braford, além da produção de arroz irrigado.
Atenção distribuidores e representantes: se mexam!
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