Paul Hobbs é um dos poucos enólogos do planeta que carrega no currículo uma nota 100 do crítico Robert Parker. Notas acima de 90 então, já viraram rotina na vida do californiano. No último dia 12, conversei com Paul Hobbs pela segunda vez e provei os maravilhosos vinhos argentinos da Bodega Cobos.
A apresentação dos vinhos foi na importadora Grand Cru, na rua Bela Cintra, em São Paulo.
Paul Hobbs veio acompanhado do enólogo e sócio proprietário da vinícola, o argentino de origem francesa, Luis Barraud.
A prova começou com o bom Felino Chardonnay 2009.
Só 20% do vinho passou por madeira. Um Chardonnay típico.
No nariz abacaxi, frutas cítricas, notas vegetais e baunilha.
Na boca o vinho é bastante refrescante, com ótima acidez e notas minerais. Tem 14,7% de álcool e nem parece.
Passamos pelo Felino Cabernet Sauvignon 2007, que custa os mesmos 70 reais do Chardonnay e tem um nariz explosivo.
Muita fruta vermelha e muito equilíbrio na boca. Taninos macios e notas de tabaco.
Final longo.
O Bramare Lujan de Cuyo Cabernet Sauvignon 2006 custa 195 reais, mas entra no time dos vinhos excelentes. No nariz cacau, cedro, café, ameixa preta e especiarias.
Na boca os taninos são finos, notas de café e um equilíbrio que esconde os 15,3 % de álcool.
O Bramare Lujan de Cuyo Malbec 2006 custa os mesmos 195 reais e tem a mesma excelência. Um vinho que beira a perfeição. No nariz cereja, baunilha, cravo, coco queimado, e eucalipto.
Na boca os taninos são doces, aveludados. Estes dois últimos vinhos passaram por barricas francesas e americanas (40% novas).
Para encerrar o vinho Top da Cobos: Bramare Marchiori Vineyards Cabernet Sauvignon 2006.
O preço é alto, 395 reais, o vinho hoje não parece melhor que os anteriores mais baratos, mas certamente deve evoluir. Tem tudo pra evoluir!
No nariz cereja, amora, geleia de frutas vermelhas, pimenta branca, canela...
Na boca outra vez taninos aveludados, elegância, equilíbrio e final longo.
Os vinhos falam por Paul Hobbs. O cara é um craque!!!
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