sexta-feira, maio 14, 2010

Enate na Grand Cru


Convidado pela elegante Camila Perossi, participei de uma degustação dos vinhos Enate na Grand Cru Moema.
O Export Manager Eric Paré, apresentou os vinhos e passou informações sobre a vinicola de Somontano, Espanha.
Pra começar o nome Enate. É o nome de um povoado que fica bem no centro dos vinhedos.
Explicou que a bodega não utiliza pesticidas ou herbicidas, mas por filosofia, nada de certificados ou grupos organizados levantando bandeiras. Filosofia de uma família de colecionadores de obras de arte que começou a trabalhar com vinhos por paixão desde a primeira safra em 1992.
A veia artística da família está em cada garrafa, nos rótulos maravilhosos. Cada obra estampada nos rótulos, pode ser visitada na vinícola.
Começamos a prova com o Chardonnay 2,3,4 - 2008
Cor palha brilhante.
Nariz um pouco fechado, notas de maçã verde e melão.
Na boca o vinho cresce. Notas minerais, equilíbrio e elegância.
Ganhou a medalha de ouro no concurso Chardonnay du Monde, na França. Custa 70 reai na Grand Cru.
Passamos para o Gewurztraminer com toda sua tipicidade sem esconder nada.
Nariz exuberante com notas de lichia predominando.
Na boca, corpo médio, picante, mineral.
85 reais.
Começamos a provar os tintos com o Enate Reserva (Cabernet Sauvignon) 2003.
Cor rubi escuro.
No nariz cassis, couro, avelã, baunilha.
Estagiou 12 meses em barricas novas.
Na boca taninos finos, boa acidez.
Boa persistência.
O Shiraz/Syrah começou com uma explicação sobre o nome.
Foi uma ideia do enólogo para mesclar velho e novo mundo. Para ele Austrália e Europa estão na mesma garrafa.
A cor rubi concentrada e os aromas saltando do copo mostram a tipicidade da Syrah.
Notas de amora, especiarias e flores.
Na boca os taninos estão um pouco verdes.
Tem uma ótima acidez e com o tempo no copo mostrou que tem equilíbrio.
Custa 195 reais.
Deveríamos parar por aí, mas por sugestão e até generosidade de Jorge Carrara, pois disse que pagaria a garrafa, mas deveríamos provar uma gama mais completa, trouxeram o Merlot/Merlot 2005 (claro que a Grand Cru não deixou que o Jorge pagasse palo vinho).
Este não tem a proposta de misturar novo e velho mundo. O nome Merlot/Merlot é para evitar confusão com outro corte de Merlot produzido pela vinícola. Eric explicou que são duas parcelas de Merlot no corte o vinho e isso acabou sendo a explicação.
Gostei do Merlot/Merlot!
Esta jovem ainda, mas com todos os indicativos de potencial de envelhecimento. Um vinho com notas de couro, café e torrefação.
Passou 16 meses em barricas francesas.
Na boca tem acidez, taninos e os 14% de álcool não aparecem.
É encorpado.
Custa 195 reais.
Bons vinhos!

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