A televisão mostra a crise mundial muitas vezes em tom de catástrofe. Confesso que no meio do vinho não vi nada de crise. Pelo contrário, vi investimentos, vontade de melhorar e otimismo. No douro vi um grupo de produtores que investe no que há de melhor em tecnologia, barricas francesas Seguin Moreau, Cadus, etc...
Mesmo os antigos lagares de pisa a pé hoje contam com controle de temperatura, cubas de aço inox comandadas por computador e um trabalho minucioso em busca da perfeição. Não é a toa que os grandes vinhos do Douro são cada vez mais procurados. Vi restaurantes caros com filas de espera. Fora do mundo do vinho vi na França as filas de mais de uma hora para as atrações da EuroDisney, onde levei minha filha. As principais atrações turísticas estavam abarrotadas e o sol da primavera que deu o ar da graça por Paris levou todos para as margens do Sena, com a mesma alegria e o Savoir Vivre de sempre. Muitas pessoas preferem a crise, ganham com ela e fazem publicidade dela, outras realmente sofrem com ela e outras conseguem ignorá-la e preparar o terreno para o futuro, com mais qualidade, preços justos, serviços excelentes e uma taça de vinho. Os pessimistas que me perdoem, mas a alegria é fundamental!
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