Entrevista Davide Di Prima
Davide di Prima é sócio proprietário da Azienda Di Prima Vini (www.diprimavini.it), é sem dúvida nenhuma um exemplo da evolução dos vinhos Sicilianos. Este ano o Syrah produzido por eles recebeu medalha de prata no concurso Syrah du Monde, na França.Na foto Gaspare, Giuseppe, Davide e Lícia.
Há quantos anos sua família produz vinhos?
A nossa família começou a produzir vinho em fase experimental em 1995, mas os primeiros vinhos engarrafados foram em 99 (o pepita branco igt sicilia 99 e o villamaura igt sicilia 1999).Quais mudanças tecnológicas ocorreram durante este período?
Em 2006 ampliamos a capacidade comprando novos equipamentos de controle de temperatura na vinificação dos tintos. São equipamentos sofisticados que controlam a temperatura em todas as fases da vinificação que leva de 18 a 20 dias.Quais foram as principais mudanças na qualidade dos vinhos durante o período?
Não tivemos nenhuma mudança substancial desde a primeira vinificação, no entanto esses anos foram importantes para aumentar o nosso conhecimento.
Hoje os vinhos são muito diferentes daquelas primeiras safras?
A qualidade do vinho depende sobretudo dos vinhedos, do estado deles e do modo que são cultivados. Conquistamos seguramente, maior experiência na vinificação e na gestão.Dos vinhos italianos que participaram do concurso Syrah du Monde, na França, a maioria era da Sicília. Se trata de um terroir ideal para a Syrah?
Sim, a Sicília é um dos melhores terroirs para a produção dos Syrah. Existe uma história que diz que a sirah é um vinho indigena e que deu o nome a cidade de siracusa, na Sicilia. Syrah-cusa.Os vinhos sicilianos cresceram muito de um tempo pra cá, qual a explicação?
O vinho siciliano desde o inicio dos anos noventa teve uma grande explosão sobretudo porque mudou a mentalidade dos produtores que começaram a primar sobretudo pela qualidade. Orientando o cultivo do vinhedo com produção mais baixa por planta, mais tecnologia na vinícola e consultoría de enólogos prestigiosos.O trabalho na Sua vinícola é 100% familiar?
Avinícola é tocada por todos os componentes da família. Mas temos um consultor externo: um agrônomo e um enólogo. Somos uma familia de múltiplos interesses, eu depois da formatura em direito, pensei que era o momento de transformar a uva (que vendíamos na cantina da região) em vinho e aproveitando a experiência do meu pai, Gaspare, minha mãe Lícia, escritora, meu irmão Giuseppe, cirurgião, minha cunhada psicóloga e da minha mulher, Valéria, professora. Hoje eles me apoiam junto com os pequenos sobrinhos Gaspare e Giovani e a minha pequena Alice.Qual é o segredo para se fazer um bom vinho?
A experiência me ensinou que o bom vinho se faz primeiro no vinhedo e depois na vinícola.As uvas devem ser cultivadas com a intenção de se fazer um grande vinho, reduzindo a produção por planta e cuidando dos vinhedos em todas as fases.
O que acha das rolhas sintéticas e dos Screw Caps?
As alternativas a cortiça são bastante interessantes. mas no momento não utilizo nos vinhos que produzo. Na realidade as rolhas sintéticas são boas sobretudo para os vinhos de vida curta, para se beber jovem, logo após o engarrafamento. Os meus são vinhos que melhoram com o tempo, o amadurecimento em garrafa é muito importante, por isso escolho a cortiça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário