sexta-feira, fevereiro 14, 2020

Vinho brasileiro envelhece bem? Claro que sim.





Vou usar o exemplo do Anticuário Antigas Reservas 2002, do Chateau Lacave, produzido em Caxias do Sul.
Um amigo veio me visitar e trouxe a garrafa dizendo: Deve estar estragado, mas eu trouxe para provarmos.
Eu olhei a garrafa e não acreditei nele. Não tinha redução entre o vinho e a rolha, a garrafa parecia bem conservada, o vinho aos 18 anos estaria bom.
Acertei.



A garrafa número 41447 das 68712 colocadas no mercado tinha um vinho elaborado com Cabernet Sauvignon (70%), Merlot (20%) e Cabernet Franc (10%).
Um corte clássico bordalês.
No nariz os aromas de frutas vermelhas maduras se misturava com o bouquet de cogumelo, carne defumada e tabaco.
Complexo o danado!
Na boca os taninos estavam bem macios, já não tinham potência, mas a elegância estava lá.
Boa acidez, equilíbrio e um sabor intenso de couro, um toque terroso e de coco queimado.
Persistente.
Delicioso.
Só 12% de álcool.
Passou 6 meses em barricas americanas.
Nota: 91



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Carta aberta da Vinícola Aurora à sociedade brasileira   No início do século passado, algumas famílias italianas cruzaram o Atlântico à pr...