terça-feira, setembro 08, 2015

O Porto Kopke colheita 1965 estava perfeito.


Tive a sorte de provar dois 1965 na mesma semana.
Eu particularmente gosto dos colheita.
A diferença entre o Colheita e o Vintage, além do Vintage ser considerado em safras especiais e ter uma reputação maior, é o estágio em barrica.
Enquanto o Vintage é elaborado para envelhecer em garrafa, com quase nenhum contato com o ar, o colheita recebe a micro oxigenação das grandes pipas de madeira.
Este 1965 chegou aos 50 anos com muita classe, muita mesmo.
A cor seria chamada em portugal de aloirado, um âmbar, com reflexos dourados, muito interessante.
As pernas descem lentamente, são grossas e já dão ideia do que é o vinho.
No nariz é limpo, com uma intensidade aromática pronunciada.
Notas de figos secos, ameixa seca, mel (muito mel), caramelo, café, canela, cacau...
Impressionante.
Na boca é encorpado, untuoso, doce.
É interessante que a sensação alcoólica poderia ser maior, mas é tão aveludado que o álcool fica na medida certa.
Acidez perfeita.
Intensidade de sabor gigante.
Notas de mel, nozes, amêndoa, marzipan, figos secos...
Persistência loooonnnngaaaaa
Nota: 98/100



Tudo sobre as regiões francesas - Vallée du Rhône - Parte 42 - Sud Méridional - AOC Muscat de Beaumes-de-Venise


A AOC Muscat de Beaumes-de-Venise tem 510 hectares e fica principalmente em torno da comuna Beaumes-de-Venise.
São vinhedos que produzem vinhos doces (Vins doux naturels).
Os vinhedos ficam nas encostas mais ensolaradas, exposição sul.
O Muscat à petits grains, é a única variedade da AOC e combina perfeitamente com o clima mediterrâneo e os solos de calcário pedregoso, areia e marga.
Os terraços ensolarados, antes eram usados para o cultivo das oliveiras.
O vento mistral sopra o tempo todo, deixando as uvas sempre secas e livres de pragas.
São produzidos cerca de 13 mil hectolitros por ano de vinho doce branco.
Todos os vinhos da AOC são produzidos interrompendo a fermentação com adição de álcool vínico à 96ºC. Método que foi iniciado por Arnaud de Villeneuve, no século 13.
O vinho tem cor brilhante, dourado com reflexo de cobre.
É sempre potente, com aromas de frutas exóticas, damasco seco, mel e muitas vezes curry.
Deve ser servido gelado.
Na boca é equilibrado, com a acidez e o açúcar em harmonia e notas florais típicas da AOC.

Carta Aberta da Vinícola Aurora

Carta aberta da Vinícola Aurora à sociedade brasileira   No início do século passado, algumas famílias italianas cruzaram o Atlântico à pr...