terça-feira, agosto 05, 2014

Tudo sobre as regiões francesas - Vallée du Rhône - Parte 12 - Sud Méridional - AOC Chateauneuf-du-Pape


A AOC Chateauneuf-du-Pape é sem nenhuma dúvida a aoc mais conhecida do Rhône.
No século 14, o Papa João XXIII construiu em Châteauneuf uma fortaleza, onde se desenvolveram os famosos vinhedos.
Com a tradição católica da grande cidade dos papas de Avignon, a fama só cresceu.
A boa reputação envolve brancos e tintos em 3 mil hectares de vinhedos que produzem cerca de 100 milhectolitros de vinho por ano.
93% são de vinhos tintos.
A área plantada fica em torno da comuna de Châteauneuf-du-Pape e em outras 4: Bédarrides, Courthézon, Orange e Sorgues.
É um terroir excepcional, que fica na margem esquerda do Rhône entre Avignon e Orange.
Os vinhedos ficam em terraços nas encostas com solos cobertos de argila vermelha, misturada com pedras de quartzo.
Tem um microclima mediterrâneo e está na parte mais quenta de Cotes-du-Rhône, com cerca de 2800 horas de sol por ano e uma temperatura média de 14 graus Celsius.



Os vinhedos são conduzidos em Gobelets para proteger as uvas do vento Mistral e das queimaduras do sol.
A maturação também é acelerada pelas pedras do solo, que conservam o calor do dia durante toda a noite.
13 variedades são autorizadas e utilizadas, mas a grande parte dos vinhos são de Grenache Noir (no caso dos tintos) e Grenache Blanc, Clairette, Bourboulenc e Roussanne (para os brancos).
Os vinhos tem grande intensidade aromática.
Os tintos são muito complexos, potentes e equilibrados.
No nariz apresentam quase sempre notas de bosque, frutas vermelhas maduras, cassis, amoras, especiarias e torrefação.
São melhores depois de um tempo em garrafa, sempre bom guardar um pouco e melhor ainda guardar por cerca de 10 anos.
Os brancos tem pouca acidez e levemente adocicados.
São untuosos e com boa intensidade e riqueza aromática.
Normalmente aparecem notas de flores e mel.


Carta Aberta da Vinícola Aurora

Carta aberta da Vinícola Aurora à sociedade brasileira   No início do século passado, algumas famílias italianas cruzaram o Atlântico à pr...