quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Ilustração mostra o que a cor do vinho pode indicar.

Normalmente quando avalio um vinho aqui no blog, não escrevo sobre a cor, porque não acredito que alguém compre um vinho pela cor e a ideia é tentar contar o que ele pode esperar do vinho.
Mas eu sempre olho a cor e presto atenção nas informações que ela oferece.
Essa ilustração encontrada no site www.portugalonwine.com mostra justamente o que significa cada tom de brancos e tintos.

Cerveja de verdade? Por: Ludmilla Fontainha



Você que percorre os meios de comunicações virtuais e passeia pelas redes sociais, já deve ter lido a expressão: “cerveja de verdade”. Para uns, esta definição é tão óbvia quanto 2 + 2 = 4. Mas, para aqueles que estão começando agora a desbravar este novo universo,  estas duas palavras juntas acabam deixando uma pulguinha trás da orelha. Daqueles incômodos que nos fazem pensar nas horas mais inesperadas do dia. Quem nunca se pegou imaginando o que beber ao chegar em casa de noite, exatamente no meio de um engarrafamento indo em direção ao trabalho? Ou tentando lembrar se aquela cerveja que você tanto gosta está na geladeira ou na dispensa, isso em pleno intervalo no meio de um dia de trabalho? Nestas horas impróprias que essas dúvidas resolvem aparecer.

Para explicar o que é uma cerveja de verdade, vamos voltar um pouquinho no tempo. O dia 23 de abril de 1516 foi um marco na história deste líquido que tanto apreciamos. Foi nesta data que o duque Guilherme IV da Bavária decretou a Reinheitsgebot, ou Lei da Pureza, segundo a qual só era permitido a fabricação de cerveja com malte de cevada, lúpulo e água. Na época, não se era sabia ainda sobre o uso das leveduras no processo de produção.  Só mais tarde que foi aprovado o uso de trigo maltado, assim como o uso de levedura. Os outros ingredientes, como aveia, semente de coentro e etc, foram também sendo adicionados com o passar do tempo. Portanto, as cervejas de verdade são aquelas que prezam pela qualidade em todas as etapas da produção da bebida, desde a escolha dos ingredientes até a maturação.

Uma cerveja de verdade possui aromas, sabores e cores lindas. E, para conseguir apreciar nos mínimos detalhes, a indicação é que elas estejam a 6°. Mais gelada que isso, suas papilas gustativas serão anestesiadas e você acabará perdendo o grande espetáculo das sensações de sabores.

As cervejas comerciais, produzidas em larga escala, podem ser chamadas também de “suco de milho”. Antes de qualquer julgamento, peço que entenda isso como uma brincadeira. Mas cheia de verdade: o líquido engarrafado como cerveja possui 45% de milho e o restante de malte de cevada. Nos dias de hoje, essa mistura é feita para baratear o processo. Claro que o paladar de 80% das pessoas já está acostumado a isso, mas meu caro leitor, venho por meio desta dizer: você está sendo enganado. A cerveja que você toma não é cerveja de verdade! E é devido a essa mistura que existe tanto marketing ensinando que a cerveja deve ser servida estupidamente gelada. Porque quando ela esquenta, é quase impossível de beber. E de cheirar. Quem nunca ouviu outra pessoa dizer que tem cheiro de x....? Ops!!!!! Rolou uma auto-censura! Mas não é o que as pessoas falam por aí?

E que também fique claro que não sou beerchata! Algumas cervejas comerciais prezam um pouco mais pela qualidade, mesmo não sendo 100% puro malte. E para avaliar uma boa cerveja, use e abuse de ferramentas que já estão acopladas em você: cheire, sinta o gosto, aprecie a cor. Tenho certeza que essa capacidade de selecionar o padrão de qualidade, que já é item de série no ser humano, não falha! Confie nos seus sentidos!

E como não pode deixar de ser: ein prosit!

Ludmilla Fonttainha é jornalista, produtora de televisão, integrante da Confraria Feminina de Cerveja (Confece) e beer sommelier. Uma apaixonada por este caminho sem volta, que é a apreciação da cerveja artesanal!

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