sábado, novembro 10, 2012

Uma boa mentira valeu mais que mil verdades



Carmelo e Carlos se odiavam.
Eram primos que viviam do mesmo negócio: o vinho.
Desde pequenos acompanhavam a briga dos pais, que acompanharam as brigas dos avós e assim por diante. Ninguém sabe dizer ao certo quando começou a rivalidade.
Talvez por isso, as duas famílias produzem vinhos fantásticos na região de Toro, na Espanha, onde a Tempranillo ganha o nome de Tinta de Toro.
Ninguém quer ficar pra trás!
Um compra barricas novas o outro corre e faz a mesma coisa. Um reforma a bodega o outro imita e assim vai.
Os fornecedores estão cansados de saber e usam isso da melhor forma possível.
-Teu primo comprou destas garrafas mais caras, e você?
Quem também gostava muito dessa rivalidade era o padre Palacios. Sempre que um dos primos fazia uma doação o outro chegava em questão de minutos e perguntava: Quanto ele doou?
As más línguas diziam que padre Palacios fazia leilão, mas não se sabe ao certo.
O que se sabe é que segredo de confissão é inviolável.
Um dia Carmelo entrou no confessionário e disse: Estou profundamente enciumado. Meu primo produziu um vinho incrível, recebeu as melhores notas em todas as revistas internacionais. Preciso tomar uma atitude.
-A melhor atitude é fazer as pazes com ele, acabar com essa briga que nem se sabe mais o motivo.
-Não padre. Decidi acabar com aqueles vinhedos. Passar um trator em cima. Acabar com tudo.
-Nem pense nisso. Será um pecado terrível. Tens ainda coragem de me contar.
Reze meu filho, o máximo que puder.
Nem bem Carlos saiu da igreja Carmelo entrou sorridente, beijou as mãos de Padre Palacios e ajoelhou diante da imagem de Nossa Senhora.
-Padre!
-Diga Carmelo.
-Vim para agradecer. Foi um ano incrível. Deu tudo certo. Quero fazer uma doação.
-Você merece, meu filho.
- Então diga, quanto Carlos doou?
-Estou preocupado com Carlos. Não veio para doar. Está muito doente.
-Doente?
-Sim. Muito doente.
Carmelo deixou a igreja muito preocupado: Como vou viver sem ele. Com quem vou medir forças, com quem vou comparar meus vinhos...
Quando contou em casa a família ficou em polvorosa. Ninguém concordava com a briga ridícula e começaram a crucificar Carmelo.
No domingo seguinte as famílias se encontraram na missa. Olhares de dó, piedade, arrependimento. Do outro lado alguns sorrisos e leves cumprimentos com a cabeça. Na casa de Carlos era a mesma história, os familiares se falavam às escondidas e criticavam a atitude dos primos.
Antes de comunhão, depois de um sermão enorme sobre a mentira sadia e a mentira destruidora, padre Palacios chamou Carlos e deu uma bênção especial. Todos rezaram em voz alta e na família de Carmelo todos olhavam com certa emoção.
Padre Palacios deu uma pausa, pediu que os coroinhas tocassem os sinos e chamou também Carmelo. Sob olhar do padre os dois se cumprimentaram com a cabeça.
Palacios pediu que os fieis se saudassem. E ali diante de toda a comunidade Carmelo abriu os braços. Carlos titubeou por alguns segundos. O padre apenas balançou a cabeça e pronto. A igreja não se conteve e aplaudiu o abraço como se fosse o ato final de uma peça que durava gerações. O padre abraçou os dois e disse: melhorou da gripe Carlos?
Que gripe Padre?

A grife Ed Hardy lançou uma linha de vinhos com garrafas que são pura arte



As garrafas clássicas, com rótulos pomposos e aristocráticos não encantam o pessoal da Ed Hardy.
Pensando no público jovem, que consome suas roupas alucinadamente, nasceu o Ed Hardy Wine.
O vinho é uma ramificação da empresa que cresce no setor da moda.
Rappers e figurinhas carimbadas de Hollywood compram suas roupas.
Em boates e casas noturnas americanas já existe um energético da mesma marca e agora os vinhos. 
Segundo eles são vinhos selvagens, atrevidos e fora do convencional. 
Não imagino como pode ser isso!
São 5 tipos de vinho.
Um rosé e 4 varietais: Syrah, Merlot, Cabernet Sauvignon e Chardonnay.
Também 2 Champagnes: 1 branco e um rosé.
Todos da Christian Audigier Wines.
http://www.christianaudigierwines.com/
Nota 10 para os rótulos!!! 

O Sudoeste da França é o paraíso das variedades raras e esquecidas

É só ver a lista para perceber quantas variedades existem nessa região próxima a Bordeaux, berço da Tannar e da Malbec. Coloquei na lista todas as variedades juntas, já que nenhuma delas é amplamente conhecida.
As duas primeiras que citei, são mais conhecidas em outros países que na própria França
Veja a lista:

Abouriou (tinta)
Agudet (tinta e branca)
Arrufiac (branca)
Arrouya (tinta)
Baral (tinta)
Baroque (branca)
Bernadou (branca)
Blanc dame (branca)
Braucol ou Fer Servadou (tinta)
Brunq Noir (tinta)
Camaralet de Lasseube (branca)
Camaraou (tinta)
Castets (tinta)
Clairette (branca)
Colombard (branca)
Cot (também chamada Malbec, Auxerrois, Bouchalès, Grifforin, Vesparl, Gros Noir, Pressac e Prolongeau) (tinta)
Cot à Queue Rouge (tinta também conhecida como Prunelard).
Courbu Blanc (branca)
Courbu Noir (tinta)
Duras (tinta)
Eremachaoua (tinta)
Fel (branca)
Fer ou Fer Servadou (tinta)
Feunate (tinta)
Folle Blanche (branca)
Gros Manseng Blanc (branca)
Jurançon Noir (tinta)
Lauzet (tinta)
Len de l’el (branca)
Loubal (branca)
Malpé (tinta)
Manseng Noir (tinta)
Mansois  (ou Fer Servadou)(tinta)
Mauzac (branca)
Mauzac Jaune (branca)
Mauzac Roux (rosé)
Mauzac Vert (branca)
Mauzac Gris ou Rosé (vermelha com toques marrom, usada para brancos)
Mauzac Côte de Melon (branca)
Mauzac Noir (tinta)
Moural (tinta)
Moyssaguès (tinta)
Menut (tinta)
Mérille (tinta)
Mouyssaguès (tinta)
Muscadelle (branca)
Négret de Banhars (tinta)
Négret de la Canourgue (tinta)
Négret du Tarn (tinta)
Négrette (tinta)
Noual (branca)
Ondenc (branca)
Pardotte (tinta)
Petit Manseng (branca)
Précoce Bousquet (branca)
Prunelard (também chamada de T ou Cot à Queue Rouge (tinta)
Raffiat de Moncade (branca)
Redondal Blanc (branca)
Saint-Côme (branca)
Tannat (tinta)
Tarabassié (tinta)
Tressallier (branca)
Ugni Blanc (branca)
Valdiguié (tinta)
Verdanel (branca)

Leopoldina Premivm Chardonnay 2012 - Casa Valduga


Esse vinho tem o nome da minha avó.
Leopoldina era uma lisboeta corajosa que cruzou o atlântico com meu avô para descobrir o Brasil.
A homenagem, é claro, é para a princesa Leopoldina que era filha de Don Pedro Segundo, nasceu no Rio de Janeiro e emprestou o nome "Princesa Leopoldina" para a região do Vale dos Vinhedos.
Mas o vinho tem mais a cara da outra Leopoldina.
O vinho também é corajoso.
Um chardonnay de raça, talvez como nenhum outro Chardonnay brasileiro.
No nariz ele tem os aromas característicos da variedade como abacaxi, maçã e pera.
Na boca é fresco, bem cítrico, encorpado, untuoso e longo.
Leopoldina, Lisboa, Portugal, Bacalhau...
Isso mesmo, esse vinho deve acompanhar muito bem um belo prato de bacalhau.
De preferência ao Zé do Pipo.
Custa menos de 50 reais.
Com sorte, cerca de 40.
www.casavalduga.com.br

Carta Aberta da Vinícola Aurora

Carta aberta da Vinícola Aurora à sociedade brasileira   No início do século passado, algumas famílias italianas cruzaram o Atlântico à pr...