segunda-feira, outubro 17, 2011

Os vinhos "Franceses" que Jean Bousquet resolveu fazer aos pés da cordilheira



Já conhecia os vinhos do Domaine Jean Bousquet.
Eles foram uma das atrações do Encontro de Vinhos Off.
Conheço também a região que fez o francês Jean Bousquet largar a vinícola no Languedoc, para elaborar seus vinhos do outro lado do mundo, aos pés do vulcão Tupungato, na sub-região de Valle de Uco, que é conhecida como a menina dos olhos de Mendoza.
Aos pés da cordilheira, a altitude provoca a amplitude térmica ideal para a produção de grandes 
Vinhos.
Hoje o Domaine Jean Bousquet é o maior produtor de vinhos orgânicos da argentina e um dos maiores do mundo. Coincidência ou não, o Languedoc, onde nasceu Jean, precisamente em Carcassonne, é o maior produtor de vinhos orgânicos do mundo. Assim são os vinhos de Jean Bousquet. Uma mistura constante entre França e Argentina. Já escrevi aqui sobre o Pinot Noir elaborado por ele. Um Pinot noir típico, bem ao estilo francês. A foto ao lado é do Grand Malbec, um vinho excelente com um preço 90 reais. Confesso que provei vinhos inferiores pelo dobro do preço. O vinho Reserve 2008 tem notas de amora, violeta, chá preto e caixa de charuto. Na boca é bastante concentrado, macio, encorpado, tem boa acidez e elegância. O final é longo com notas de baunilha e café.
O Malbec de uma linha abaixo então, nem se fala. Custa 36 reais.


recebeu medalha de Ouro da Decanter Magazine e 89 pontos da Wine Enthusiast. Um vinho que não decepciona. No nariz boa fruta, com amora, cereja, ameixa e também flores e um toque de especiarias. Na boca a mesma maciez do Grande Reserve. Um vinho longo com notas de cereja e baunilha no retrogosto. Para mostrar que a linha Jean Bousquet é consistente, o Labid Ameri, o homem forte da vinícola que veio ao Brasilpara apresentar os vinhos, mostrou também um fottificado, a moda do Porto, para acompanhar com perfeição, um sorvete de gianduia.  Vinho feito com Malbec de colheita tardia, com adição de álcool vínico e 10 meses em cubas de madeira. Mas as surpresas não pararam por aí. Tinha ainda o espumante extra brut rosé elaborado com Chardonnay e Pinot Noir pelo método tradicional. Bela cor,  boa perlage.
No nariz o espumante mostrava muita fruta e também os aromas típicos de panificação, brioche, provocados provavelmente pelos 6 meses em contato com as leveduras. 
Na boca boa cremosidade, elegância e acidez.
O Labid contou que não houve acréscimo de ácido tartárico, portanto, acidez natural para um bom espumante argentino. Todos dos vinhos do Domaine Jean Bousquet, são importados pela Abflug
www.abflug.com.br

O Vinho e a Pintura - Francine van Hove - 10

Título: Tableau Gourmand (1999)

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