sábado, agosto 15, 2009

Mudanças Climáticas! Aquecimento Global! Vinhedos em Perigo!

Alguns especialistas franceses afirmam que o gosto dos vinhos produzidos com algumas castas tradicionais já mudou devido ao aumento de temperatura em certas regiões. A conclusão partiu de 50 produtores, chefs de cozinha, enólogos e sommeliers. Eles assinaram um documento enviado ao presidente da república e ao ministro do meio ambiente meses antes da conferência de Copenhaguen sobre o clima. Segundo eles o aquecimento global está deixando as vinhas cada vez mais vulneráveis. O documento é em defesa do patrimônio cultural do país, os vinhos franceses, elegantes e refinados, que estão em perigo. Segundo eles o gosto dos vinhos já mudou, as colheitas estão sendo antecipadas e as uvas estão carregadas de açúcar. Até o mapa vinícola da França pode mudar. A Bretanha e a Normandia (mais ao norte), além da Inglaterra poderão se tornar bons produtores enquanto regiões tradicionais, como a Borgonha, podem desaparecer. O grupo pede a diminuição da emissão de gazes poluentes em 40% até 2020.

Vertical da Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas!



A organização da apresentação dos vinhos Crasto e Esporão no Consulado Português foi impecável. Logo na entreda a degustação vertical dos vinhos Reserva da Quinta do Crasto Vinhas Velhas. Uma degustação rara, de garrafas Magnum, impossível de ser repetida pela raridade de algumas safras.

o Crasto Reserva 2001 tem uma bela cor rubi, concentrada e límpida. No nariz é intenso e complexo. Notas florais e muita fruta. Os 18 meses de estágio em carvalho frances também deixaram sua marca de especiarias. Na boca é intenso, gosto de amora com um certo amargor agradável. Evoluiu no copo, imagino que evolua ainda pelos próximos 5 a 10 anos.
O 2002 possui a mesma cor do anterior, os aromas estão mais francos. Framboesa, violeta, baunilha e cravo.
Na boca é mais concentrado que o anterior, elegante, taninos firmes e um final longo.

No 2003 subimos mais um degrau. Na cor está menos transparente, mas concentrado. No nariz os aromas florais e de frutas silvestres saltam do copo com força. Baunilha, canela e cacau dão o ar da graça. Na boca é bastante intenso e equilibrado, vinho excelente. Final longo e vida longa pra ele. Mais de 10 anos!

O 2004 foi meu preferido. Cor rubi profundo. No nariz cassis, framboesa, alcaçuz e chocolate amargo.
Na boca é intenso e aveludado. A estrutura dos taninos é impressionante, o vinho melhora a cada instante, precisa ser decantado, precisa ser guardado e exaltado. Um super vinho que mostra o potencial do Douro. Final muuuiiito Longo!

Pulamos o 2005, que escrevi ontem e passamos para o 2006. A cor mostra alguns reflexos violeta. Está ainda fechado, mas mostra qualidades desde o início. Mirtilo, cereja, cravo, alcaçuz e torrefação.
Na boca os taninos são firmes. Notas de baunilha e no caso desta safra (também a de 2005 e 2007) passou também por carvalho americano (15%), talvez por isso as especiarias estão mais claras. Final longo.

O safra 2007 é uma criança agitada. Na cor mostra também os reflexos violeta. No nariz o carvalho americano emprestou notas de coco queimado para misturar com as flores e frutas silvestres. Na boca é bem estruturado e elegante mesmo em plena juventude. O vinho ainda esta fechado, convém guardar bastante. Saiu da adega há 2 semanas. final longo com gosto de café torrado.

A degustação continuou na parte externa do consulado de Portugal com os excelentes vinhos Esporão. Brancos e tintos de qualidade e o Rosé defesa com notas de morango e flores. Destes eu escrevo amanhã!

Em outra mesa estavam os azeites Esporão com nova roupagem e sabor maravilhoso e para terminar um Porto Crasto Vintage 2004 acompanhado de queijo da Serra. Os dois dispensam comentários, mas o vintage 2004 (ano de nascimento da minha filha) mistura aromas de frutas negras e cacau. Na boca tem um volume incrível e o final? Bem o final, voltei pra casa com ele!
Os vinhos são importados pela Qualimpor 08007024492 - www.qualimpor.com.br

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