sábado, novembro 22, 2008

Paris/Dijon/Beaune - 2 dias de sonho na Borgonha




O verão estava no começo e eu e minha mulher resolvemos sair de Paris, tomada por grupos de turistas enlouquecidos, e pegamos um trem para Dijon. Quando se fala em Dijon se pensa logo na mostarda, mas esse não era o nosso objetivo. Nada contra entrar na fábrica da Maille e comprar alguns potes da especialidade local. O TGV no levou a Dijon em um suspiro. Nem bem saímos do trem e o nosso amigo Régis, já sorria de felicidade com a nossa presença. Entramos no carro e fomos direto pela estrada que leva à Beaune. O caminho é curto, mas a viagem é longa. É o paraíso para quem ama o vinho. Estamos na Côte D´Ór e não parar é impossível!
Vinhedos colados a estrada e pequenos caminhos de terra encostados aos vinhedos fazem o tempo passar rápido e entre uma degustação e outra. Régis não abre a boca durante as paradas nas lojas dos domaines, como também produz seu vinho se contenta em conversar com outros produtores. Quando percebemos já estava anoitecendo e aí sim Régis falou mais alto: conheço um restaurante especial em Beaune!
Mais alguns minutos e estávamos em uma casa antiga (antiga mesmo) com as paredes grossas e um ar acolhedor. Régis não deixou que escolhêssemos, pediu Escargot de entrada e Épaule de Mouton Farcie (Carneiro) como prato principal. O vinho era um Pommard magnifico, grande, inesquecível!
Era da Maison Bouchard Père et Fils.
Comemos como reis enquanto a simpática garçonete Marienne chegou com as sugestões de sobremesa. Outra vez Régis levantou a voz e disse: Fromage (queijo)!
Marienne voltou em instantes com uma seleção de queijos de enlouquecer qualquer gourmet e perguntou?: qual deles: dessa vez não esperei por Régis, me adiantei e disse: Tous! Marienne deu um sorriso e partiu pequenas porções daquelas maravilhas e colocou no meu prato. Minha mulher fez o mesmo e Régis se contentou com 3 ou 4 variedades. Dormimos em Beaune e no dia seguinte repetimos a dose. Comentei com Régis sobre o vinho e ele levantou os ombros e respondeu: Pas mal! (nada mal)

Carta Aberta da Vinícola Aurora

Carta aberta da Vinícola Aurora à sociedade brasileira   No início do século passado, algumas famílias italianas cruzaram o Atlântico à pr...